Os antigos presidentes das câmaras de Castro Verde e de Alvito, Fernando Caeiros e José Lopes Guerreiro, respetivamente, defendem que haja, na região, “um esforço circunstancial de convergência descomplexada” entre autarcas e outros atores políticos da região “em defesa” do aeroporto de Beja.
Num texto de opinião publicado na passada semana no jornal “Público”, intitulado “Aeroporto de Beja: juntem-se, porra!”, os dois ex-autarcas eleitos pela CDU consideram que “cabe aos atores alentejanos”, muito especialmente às autarquias (através das comunidades intermunicipais), aos deputados eleitos por Beja, Évora, Portalegre e Setúbal, à CCDR do Alentejo, à Turismo do Alentejo e “demais agentes e representantes da sociedade civil”, a “responsabilidade de desencadearem uma ação concertada” para a região “se fazer ouvir quanto à pertinência que tem a utilização do aeroporto de Beja” para “contribuir para a mitigação dos constrangimentos” do aeroporto de Lisboa.
“Cabe também ao autarca da capital do país [Carlos Moedas, eleito pelo PSD e natural de Beja] um papel relevante neste processo, assim saiba ele aproveitar a magnânima oportunidade de se afirmar e de posicionar Lisboa em posição cimeira na corrida pela descarbonização e pelo combate à poluição sonora num grande centro urbano”, acrescentam Caeiros e Lopes Guerreiro.
Os dois antigos eleitos defendem ainda que o aeroporto de Beja poderá, no curto prazo”, “ser adaptado para uma nova função de complementaridade do principal aeroporto nacional e do aeroporto de Faro”, que poderá continuar a assegurar, no “médio prazo”, “sem custos adicionais para o erário público que não os derivados do redimensionamento da estrutura de acolhimento de passageiros e de aeronaves”.