Espetáculo teatral de rua na Mina de São Domingos

Teatro - 'Caixa de Perguntas' _ Sónia Godinho

Um espetáculo teatral de rua sobre uma “realidade distópica”, em que uma comunidade “habita sempre no presente”, é apresentado neste fim-de-semana, dias 9 a 11 de junho, na Mina de São Domingos, no concelho de Mértola.

O espetáculo “Caixa de Perguntas”, uma produção da companhia Cepa Torta no âmbito do projeto “Malacate”, junta atores profissionais e membros da comunidade e vai ser apresentado, no Cais do Minério, na Mina de São Domingos, sempre às 22h00.

“Não é um espetáculo documental, mas sim um objeto com base naquilo que são as memórias das pessoas e uma fábula sobre uma população que vive num futuro distópico e não tem passado”, explica o encenador e autor do texto da peça.

De acordo com Miguel Maia, em “Caixa de Perguntas” os espectadores ficam a conhecer a história de uma aldeia onde o seu povo “habita sempre no presente”, beneficiando de “uma riqueza que retira de uma grande máquina e vive os seus dias todos iguais, apesar de felizes”.

“Até ao dia que chega um estrangeiro que pergunta se alguém tem uma caixa. Mas como ninguém tem caixas, porque ninguém guarda nada ou tem passado, isso vai espoletar uma série de acontecimentos que vão transformar essa comunidade”, adianta.

Espetáculo “procura basear-se na memória de um lugar que tem um passado incrível e que foi uma das maiores minas da Europa durante quase 100 anos”.

“Caixa de Perguntas” é fruto de um trabalho de investigação e criação desenvolvido, ao longo dos últimos meses, por Miguel Maia e pela companhia Cepa Torta na localidade alentejana de Mina de São Domingos.

A produção envolve “cerca de 50 pessoas” e no elenco surge “uma grande fatia de pessoas da comunidade da Mina de São Domingos e arredores, para além de um conjunto de atores profissionais”, revela o encenador.

O autor explica que o espetáculo “procura basear-se na memória de um lugar que tem um passado incrível e que foi uma das maiores minas da Europa durante quase 100 anos, até fechar abruptamente nos Anos 60 [do século passado]”.

“Partimos daquilo que são as histórias que [as pessoas] nos contam e depois, através do trabalho de improvisação entre profissionais e não profissionais, criámos as cenas”, conta Miguel Maia, explicando que tem escrito o texto “à medida dos ensaios”.

“Não tenho um texto prévio, mas sim uma ideia, que depois tenho trabalhado a partir das improvisações e das histórias que nos contam. Essa mistura é que vai criando a linha dramatúrgica”, frisa.

Foto: DR_Sónia Godinho

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