Empresa de Aljustrel vai produzir embalagens de papel para uso alimentar

A empresa Berrapack, que produz embalagens de alumínio para uso alimentar em Aljustrel, vai investir cerca de um milhão de euros para começar a produzir também embalagens em papel impermeabilizado, igualmente para uso alimentar.

“Possivelmente poderemos fazer também copos de papel e também iremos fazer mais formas [de embalagens] em alumínio, que já produzimos há mais tempo”, revela ao “CA” o sócio-gerente do grupo, Jorge Lopes, adiantando que este projeto conta com o apoio do programa Alentejo 2020 e poderá estar concluído “durante o ano de 2023”.

Após este investimento, que permitirá a criação “de mais 13 postos de trabalho”, a fábrica da Berrapack, situada no Parque Industrial de Aljustrel, ficará com “muita capacidade de exportação”, afiança o gestor.

“Poderemos produzir por dia entre 900 mil e um milhão de embalagens de alumínio e, pelo menos numa fase inicial, entre 400 e 500 mil embalagens de papel”, acrescenta Jorge Lopes.

Os projetos do Grupo Biquímicos não se ficam por aqui, uma vez que nos planos da empresa está igualmente a construção, “entre 2024 e 2025”, de uma “fábrica de raiz”, com “cerca de 7.000 metros quadrados de área”, que será instalada na saída Noroeste de Aljustrel, junto às superfícies comerciais existentes no local.

Jorge Lopes adianta ao “CA” que o investimento “pode chegar aos três  milhões de euros” e vir a “criar mais 40 postos de trabalho”. “Esta será a nossa unidade principal para as embalagens”, afiança.

As embalagens em alumínio (e respetivas tampas) produzidas pela Berrapack são utilizadas no setor da hotelaria e restauração, sobretudo para serviços de takeaway.

A produção é toda vendida a revendedores “em Portugal, mas também em Espanha, França e, mais recentemente, Marrocos”, revela o sócio-gerente Jorge Lopes.

O gestor garante que, apesar da procura, nos últimos tempos as dificuldades têm sido “muitos”, devido à falta de matéria-prima, que chega sobretudo de Itália, mas também da Bulgária e da Turquia.

“Tínhamos contratos fechados com fábricas e a guerra estragou tudo. Além de termos capacidade para trabalhar 24 horas e só estarmos a trabalhar 16 horas por falta de matéria-prima”, afiança Jorge Lopes, aludindo ao facto de os preços terem “mais que duplicado”.

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Correio Alentejo

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