Um doente oncológico permaneceu seis dias nas Urgências do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, devido ao facto de não existirem camas de oncologia disponíveis.
O caso é denunciado pelos deputados do PCP João Ramos e Carla Cruz, que já questionaram o Governo, através do ministro da Saúde, sobre o sucedido.
No preâmbulo da pergunta apresentada a Paulo Macedo, os eleitos comunistas revelam que o doente idoso com o diagnóstico de doença oncológica deu entrada nas Urgências do hospital bejense a 3 de Fevereiro, sendo que seis dias depois, a 9 de Fevereiro, ainda permanecia nos corredores da urgência.
“Nesse dia foi transferido par o SO do mesmo serviço de Urgência e a informação que é dada aos familiares é que não é internado porque não existem camas de oncologia disponíveis”, notam os deputados do PCP, acrescentando: “O doente esteve seis dias no corredor da Urgência, em condições que não são as adequadas. Exemplo disso é que foi transportado para fazer tratamentos em Évora e não os realizou dado o estado de agitação que apresentava”.
A situação, continuam João Ramos e Carla Cruz, surge depois de em Setembro de 2013 o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) ter anunciado a redução de 26 camas no hospital.
Face a tudo isto, os deputados comunistas querem saber se o Ministério da Saúde confirma “que este doente que passou seis dias no corredor da Urgência do hospital de Beja” e “por que razão não foi encontrada uma solução de internamento para um doente oncológico”.
Os eleitos do PCP esperam ainda que Paulo Macedo confirme, ou não, se “afinal as camas de internamento destinadas a doentes oncológicos e que foram encerradas eram necessárias” e os informe sobre “o que está a ser feito para que situações desta natureza não se voltem a repetir”.
Até ao momento, a administração da ULSBA ainda não fez qualquer comentário sobre o caso.
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