O presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, Vasco Cunha, defendeu terça-feira, 20, que o Estado “tem que concluir urgentemente” o projecto Alqueva, para “cumprir” as expectativas criadas junto de agricultores, municípios e agentes económicos do Alentejo.
Alqueva “é um projecto que está previsto concluir-se em 2013, é urgente que se conclua e o Estado, como pessoa de bem, entre 2013 e 2015, admitindo aqui o desfasamento temporal destes dois anos para liquidar os pagamentos finais deste quadro comunitário que está em exercício, tem que concluir urgentemente este processo”, disse Vasco Cunha.
Segundo o também deputado do PSD, o projecto Alqueva é “uma promessa do Estado Português”, que “criou um conjunto de expectativas, junto de agricultores, municípios e agentes económicos” do Alentejo, que “urge cumprir”.
“Há um conjunto de expectativas que foram criadas, particularmente junto dos agricultores, muitos deles hoje estão ainda na expectativa de saber qual o ‘timing’ final do projecto Alqueva para poderem avançar com a reestruturação das suas produções, e é imperativo que o Estado responda”, defendeu.
A conclusão do projecto Alqueva, inicialmente prevista para 2025, foi revista para 2015 e, entretanto, antecipada pelo anterior Governo PS para 2013.
Vasco Cunha falava aos jornalistas em Beja, após a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar se ter reunido com a administração da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA).
A reunião integrou-se numa jornada de trabalho da comissão dedicada ao Alqueva e que incluiu também visitas a infra-estruturas do projecto, nomeadamente ao aproveitamento hidroagrícola do Pisão e às obras do subsistema do bloco de rega do Pedrogão.
A jornada de trabalho, que resultou de um requerimento apresentado pelo Grupo Parlamentar do PSD na Comissão de Agricultura e Mar e que foi “adoptado consensualmente” pelas seis forças políticas com assento naquele órgão, serviu para a comissão “acompanhar o ponto de situação” sobre o projecto Alqueva.
Após as visitas, “cada uma das forças políticas” que integram a comissão “tem o direito de, sobre esta matéria, tomar as iniciativas que muito bem entenderem”, disse Vasco Cunha, referindo que a sua função, como presidente do órgão, é “gerir os consensos que resultam dos acordos que são feitos pelas forças políticas na comissão”.
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