Deputado do PCP questiona Governo sobre hospital de Beja

Deputado do PCP questiona

O deputado do PCP eleito por Beja questionou o Governo sobre a redução de camas do hospital de Beja, que a partir de 1 de Janeiro de 2014 passará de 229 para 203 camas.
Na pergunta apresentada na Assembleia da República e endereçada ao ministro Paulo Macedo, João Ramos pede, em primeiro lugar, que o Ministério da Saúde explique “o encerramento de camas num hospital que tem um rácio muito abaixo da média nacional”.
Em causa está, de acordo com o eleito comunista, o facto da directora clínica da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Emília Duro, ter afirmado, em conferência de imprensa realizada a 9 de Setembro, que apesar da redução o rácio de camas do hospital de Beja “não sofreria grandes alterações” e se manteria nas 1,7 a 1,8 camas por cada mil habitantes.
“Acontece, contudo, que já em 2011, no ‘Relatório sobre a rede hospitalar com financiamento público’, da responsabilidade da Entidade Reguladora da Saúde, o rácio de camas hospitalares por mil habitantes, a nível nacional, era de 2,8. E este número era por sua vez abaixo da média dos países do grupo UE15, que era de 3,4. Assim o número de camas por mil habitantes é, no distrito de Beja, muito inferior à média nacional”, vinca João Ramos.
Na pergunta endereçada a Paulo Macedo, o deputado do PCP questiona igualmente “onde passarão a ser acompanhados os doentes oncológicos que até aqui eram internados em Beja”.
A questão de João Ramos surge na sequência da ULSBA ter revelado, na mesma conferência de imprensa, que entre as especialidades mais afectadas pela redução de camas está a Oncologia, “onde já foram reduzidas oito camas”.
“Esta é uma redução que muito nos preocupa, nomeadamente em Oncologia, uma vez que uma parte considerável dos tratamentos é já feita em Évora e no IPO em Lisboa e seria muito mau que esta redução de camas representasse uma redução da capacidade de tratamento no distrito”, argumenta João Ramos.
Finalmente, o parlamentar comunista questiona o ministro da Saúde sobre “quanto prevê o Ministério poupar com esta redução” de camas no hospital de Beja e se, assumindo que as camas reduzidas “foram reforçar serviços em que supostamente havia carência, existem ainda serviços a necessitar aumentar o número de camas?”

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Correio Alentejo

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