O deputado do PCP eleito por Beja pretende saber se o Governo está a par do despedimento de cerca de 200 trabalhadores da EPOS na mina de Neves-Corvo (Castro Verde).
Em requerimento apresentado esta segunda-feira, 14, na Assembleia da República e destinado ao ministro da Economia, João Ramos lembra que a mina de Neves-Corvo é detida pela multinacional Lundin Mining, que há um ano anunciou um investimento “na ordem dos 700 milhões de euros”, que “garantiria mais 68 postos de trabalho”.
Contudo, vinca o parlamentar comunista, “soube-se este fim-de-semana que, apesar dos anúncios de mais investimento, mais postos de trabalho e mais desenvolvimento mineiro, um dos subempreiteiros – a EPOS – dispensou um número de trabalhadores, que variam segundo as fontes, mas que se poderá aproximar dos 200”.
“A confirmar-se este número, estamos a falar de 10% dos trabalhadores dos sub-empreiteiros”, acrescenta João Ramos, que quer saber por parte do ministro António Pires de Lima se o ministério “tem conhecimento destes despedimentos” e “quantos trabalhadores estão envolvidos no processo de despedimento”.
O deputado do PCP eleito por Beja questiona igualmente se a Autoridade para as Condições do Trabalho “está a acompanhar esta situação” e se a EPOS “recebeu incentivos financeiros para o trabalho de exploração mineira”.
“Não considera o Ministério que este modelo assente em sub-empreiteiros representa piores condições laborais para os trabalhadores”, pergunta ainda João Ramos, querendo também saber, por parte do Governo, se “as negociações para concessão da jazida de Semblana já estão concluídas” e se o Ministério da Economia não entende que quando a Somincor “vai receber (ou está a negociar) a concessão de mais uma jazida, não deveria cumprir contrapartidas de manutenção dos postos de trabalho”.
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