O PCP e a CDU “cumpriram” – é este o balanço feito pelo deputado comunista eleito por Beja, João Ramos, relativamente à legislatura que está em vias de chegar ao fim.
O balanço foi apresentado pelo próprio João Ramos esta segunda-feira, 3, em conferência de imprensa realizada em Beja, onde lembrou que “apesar de os eleitos nas listas da CDU não terem responsabilidades governativas, não deixaram de, através dos mecanismos que tinham à sua disposição, abordar na Assembleia da República e na sua intervenção política, todos os pontos que constavam no seu compromisso eleitoral de 2011”.
Numa análise aos números, João Ramos destacou o facto de ter subscrito 635 perguntas e requerimentos, enquanto o deputado do PS por Beja, Luís Pita Ameixa, fez 169 e o deputado do PSD, Mário Simões, apenas 33.
João Ramos acrescentou ainda que sobre questões concretas do distrito, o PCP subscreveu 236, o PS 83 e o PSD duas perguntas e requerimentos, sendo que relativamente a recomendações ao Governo o PCP apresentou 10 projectos sobre matérias específicas do distrito, o PS um (sobre Alqueva) e o PSD outro (sobre o Parque Natural do Sudoeste Alentejano).
Já no plano dos projectos de lei, o PCP apresentou 12 relativos à criação de freguesias, o PS apresentou dois sobre limites de freguesias e o PSD não apresentou nenhum, ao passo que em matéria de intervenções em plenário o deputado do PCP realizou 83 (das quais uma declaração política sobre o distrito de Beja), o deputado do PS 25 e o do PSD apenas quatro.
“Mais uma vez, o desempenho dos deputados eleitos pelo círculo de Beja confirma que é o deputado do PCP, eleito das listas da CDU, quem mais problemas e questões do distrito leva à Assembleia da República e também quem mais propostas concretas para resolução dos problemas da região apresenta”, concluiu João Ramos, considerando que o Grupo Parlamentar do PCP manteve “o nível a que habituou as populações do distrito, assim como se manteve fraco o desempenho dos deputados do PS e PSD”.
Sobre os últimos quatro anos, João Ramos salientou o facto de terem sido “tempos difíceis” para o país e para o distrito de Beja, sujeitos a “um programa ideológico de direita”.
