Defender e afirmar a fileira do porco alentejano e os seus produtos são os objectivos que “guiam” a Confraria Gastronómica do Porco Alentejano, que trabalha em parceria com a Câmara de Ourique e a Associação de Criadores do Porco Alentejano no sentido de promover o elevado potencial dos produtos do porco alentejano “como base de uma oferta gastronómica diferenciadora, entre o tradicional e a inovação”.
“A Confraria existe para mobilizar, somar e agregar vontades e valor a uma fileira que é uma importante expressão de um Mundo Rural em crescente redescoberta pelos portugueses e pelos que nos visitam”, explica ao “CA” o grão-mestre da Confraria.
De acordo com Pedro do Carmo, que é deputado e já foi presidente da Câmara de Ourique, ao longo dos anos a Confraria tem estado presente em vários eventos, em Ourique e no território nacional, tendo a ambição “de poder dar um contributo na afirmação internacional deste produto de excelência” da região. “Também temos estado presentes em diversos momentos em que se contribui para a adopção de medidas positivas para a sustentabilidade de uma fileira agro-alimentar que, estando integrada no Mundo Rural, está sujeita aos impactos das alterações climáticas, às dinâmicas dos eco-sistemas e às modelações dos mercados internacionais”, acrescenta.
Para este responsável, a afirmação de Ourique como “Capital do Porco Alentejano” significa igualmente “um compromisso de identidade, económico, gastronómico e de afirmação do Mundo Rural, que é diferenciador na competitividade entre os territórios, mas que é também um importante pilar da economia local”.
“Nem sempre foi um caminho fácil. Houve um tempo em que enquanto se decidia avançar com a Montaraz em Garvão, outros boicotavam com cartas anónimas para o sistema judicial. Houve um tempo em que se tinha de lutar contra as indiferenças nacionais, as burocracias e as resistências à concretização de projectos positivos para a nossa terra e para a região. Ainda há quem tenha tentações, mas o foco só pode ser o de promover o porco alentejano porque é bom para Ourique e para os ouriquenses”, afiança o grão-mestre da Confraria.
Sobre o futuro, Pedro do Carmo refere que no porco alentejano, “como em tantas outras áreas das vivências em comunidade, a grande questão é a da sustentabilidade”. “É preciso encontrar novos equilíbrios, oportunidades e formas de ampliarmos a produção, transformarmos e distribuirmos, tudo a partir de Ourique, a ‘Capital do Porco Alentejano’”, conclui.
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