Uma demora incompreensível

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

Há muito que se fala (e exige) uma ligação da albufeira do Monte da Rocha ao Alqueva, através do Roxo e do futuro bloco de Messejana. O projeto está idealizado há anos, foi devidamente anunciado pelo então ministro da Agricultura, Capoulas Santos, em novembro de 2017, mas continua sem sair do papel numa altura em que os efeitos da seca na região são por demais evidentes.
Mais recentemente, no final de 2021, a atual ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, garantiu que o concurso público para esta empreitada (entre outras ligadas ao projeto geral da Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva) seria lançada no início do ano seguinte… Mas chegados a dezembro de 2022, nada aconteceu!
Agora, por insistência da Câmara de Castro Verde, ficamos a saber que, no melhor dos cenários, só lá para finais de 2025 é que o projeto poderá ser realidade [ver página 5 desta edição].
Até lá, teremos de continuar com uma albufeira à míngua de água (porque as perspetivas de chuva são poucas ou nenhumas), o que poderá ter efeitos bastante nefastos em matéria de abastecimento público, mas também na agricultura e na economia local.
Tudo isto é incompreensível e inaceitável, para não dizer leviano e completamente desrespeitador para com as necessidades de uma região e respetiva população. Uma situação que exige da ministra da Agricultura explicações, que, ainda assim, serão sempre insuficientes para justificar o injustificável.

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