No dia de fecho desta edição do “CA”, a 17 de novembro, o boletim diário relativo à Covid-19 em Portugal, divulgado pela Direção Geral da Saúde (DGS), dava conta de mais nove mortes, 2.527 infetados e 990 recuperados nas últimas 24 horas. Tratava-se do número mais alto de novos casos em quase três meses, a que se juntavam mais 28 pessoas internadas, num total de 514 (o valor mais elevado em dois meses).
O relatório da DGS adiantava ainda que, no que tocava à matriz de risco, o índice de transmissibilidade – ou R(t) – tinha aumentado para 1,17 na globalidade do território nacional, tendo a incidência da Covid-19 aumentado para 173,7 casos por cada 100 mil habitantes em Portugal.
Estes números estão muito longe de poderem ser comparados aos que tivemos nos meses de dezembro de 2020 ou de janeiro e fevereiro deste ano. Muito longe mesmo! Ainda assim, devem constituir um sinal de alerta para todos nós.
É por demais evidente que a alta taxa de vacinação alcançada por Portugal tem conseguido colocar o país numa situação mais “confortável” na luta contra a Covid-19. Mas também é óbvio que a pandemia não acabou, como o comprova a situação que se vive noutros pontos da Europa (onde as vacinas estão muito mais atrasadas, inclusive na abastada Alemanha).
Por isso mesmo, o momento atual exige uma resposta rápida e assertiva por parte das entidades de saúde (mas evitado o “ritual do medo” que muita comunicação social adora), assim como uma atitude mais cuidadosa e defensiva da nossa parte. Utilizar máscara, evitar grandes aglomerados, continuar a desinfetar as mãos com regularidade ou testar sempre que houver sinais de eventual infeção são ações simples que todos podemos fazer no dia-a-dia, colaborando desta forma para que os números da Covid-19 não aumentem muito mais.
Se queremos que a vida volte à normalidade, não nos podemos comportar como se nada estivesse a acontecer à nossa volta. Com responsabilidade e cuidado tudo se tornará mais fácil. Caso contrário…

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