Serviço público ou nem por isso…

Sexta-feira, 13 Maio, 2022

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

Os casos são verídicos: uma coletividade enviou, via postal e com uma antecedência de 15 dias, a convocatória para a sua assembleia geral para aprovação de contas referente a 2021, mas mais de uma semana após a realização da mesma há associados que ainda não receberam a mesma; melhor “sorte” teve uma empresa, que conseguiu que uma comunicação a clientes expedida a 27 de abril tivesse chegado ao seu destinatário… a 10 de maio!
Estes dois exemplos – que, reiteramos, são verídicos – ilustram bem o estado em que se encontra o serviço postal (pelo menos) na nossa região. A estes há ainda a juntar os casos de correspondência a chegar “fora de horas” ou a acabar extraviada, para não falar das encomendas que demoram e demoram a sair das carrinhas de transporte para o seu destino final, passando dias a fio em voltas pelas localidades.
Tudo isto diz respeito à atuação dos CTT, cujo serviço tem vindo, nos últimos tempos, a degradar-se (pelo menos da lógica de quem espera receber correspondência). As razões para tal são, seguramente, mais que muitas, a começar pelo aumento exponencial de encomendas postais nos últimos dois anos, fruto do incremento que o comércio online conheceu com a pandemia.
Mas esta realidade não pode servir de desculpa às falhas do serviço, ao invés de motivar um reforços das respostas que são dadas. Porque ainda que prestado por privados, este é um serviço público essencial para as populações e regido por regras e objetivos bem definidos. Daí que se exija, quanto antes, uma intervenção da entidade reguladora, para que casos como os relatados sejam a exceção e não a regra.

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