Num comunicado emitido na passada semana (5 de Maio), a Direcção Regional do Alentejo do PCP veio a público denunciar “a intensa campanha de demagogia promovida, em particular por eleitos autárquicos do PS na região”. Uma campanha, argumentavam os comunistas, que procurava “valorizar medidas, algumas das quais correspondendo a necessidades da população que são da responsabilidade” de diversos ministérios, como, por exemplo, “a aquisição de máscaras e de testes à Covid-19 para os profissionais de saúde, para os lares ou para os bombeiros” ou “a aquisição de computadores e tablets para as crianças e jovens estudantes”. Mais: segundo o PCP, tal campanha “tem no bojo objectivos políticos de curto e médio prazo”.
Ora não deixa de ser estranha esta argumentação do PCP. Porque são muitos os exemplos de câmaras comunistas que têm anunciado publicamente (leia-se, através de notas à imprensa) apoios e ofertas várias a instituições e à comunidade no âmbito da Covid-19.
Por exemplo, em Serpa, a autarquia local doou “material especializado, nomeadamente máscaras cirúrgicas, máscaras FFP2, fatos descartáveis validados para riscos biológicos e gel desinfectante” aos bombeiros. Já a Câmara de Alcácer do Sal disponibilizou tablets aos alunos dos agrupamentos de escolas de Alcácer do Sal e do Torrão. E o Município de Grândola garantiu, junto da empresa Vanguard Properties, a oferta ao Hospital do Litoral Alentejano de um moderno e eficiente equipamento de RX portátil (com um valor superior a 80 mil euros), na sequência de “diversos contactos com investidores do concelho, de forma a conseguir apoios para reforçar os serviços de saúde do concelho e da região”.
Posto isto, será que o referido ponto do comunicado da DRA do PCP foi um deslize? Ou será mera politiquice, tão dispensável nos tempos que correm?
Autarcas de Castro Verde e Almodôvar sem receios sobre venda de Neves-Corvo
Os autarcas de Castro Verde e de Almodôvar encaram com normalidade e sem receios a venda da Somincor à sueca Boliden por parte da Lundin