Aproxima-se a “passos largos” o final do ano e com ele também a época do Natal, a quem chamamos, ou mais propriamente denominamos, uma época de esperança e de paz.
Deveria assim efectivamente ser, mas infelizmente não é.
Esta época, ou o aproximar dela, traz-nos à memória coisas que estão esquecidas no arquivo privilegiado do nosso cérebro ou apenas em letargia preguiçosa da nossa mente, mas que nestes momentos sabe bem recordar, porque como diz o poeta, “recordar é viver”. Mas naturalmente nem todos os sonhos são bons sonhos, como todas as recordações não são necessariamente boas recordações.
Nos meus tempos de juventude aprendi com os da minha idade que era preciso, necessário e fundamental respeitar os outros para ser respeitado, coisa que nos tempos que passam deixou há muito de ser regra para ser apenas excepção.
Digo isto para recordar algumas questões do passado, mas sobretudo para avivar a memória no presente.
Esta época de Natal, da qual nos aproximamos, deveria ser uma época de paz, mas sobretudo de esperança. E esperança num futuro melhor.
Quero eu dizer com isto que no momento presente ouço, vejo e leio nos meios da comunicação social a preocupação das pessoas quanto ao presente, afirmando umas que neste Natal não vão comprar prendas porque o dinheiro não chega para tal, pois tomara que ele chegue até ao fim do mês para comprar comida para a família. Quanto a prendas do Natal, ficam apenas por pequenas lembranças e para os mais pequenos, porque o orçamento familiar não chega para mais.
É de facto uma situação preocupante a de ouvir, ver e ler que milhares de famílias, em Portugal (como tantas outras) vão passar um Natal pouco em prendas e farto em dificuldades.
É preciso lembrar que existem em Portugal quase dois milhões de pobres e a esses não há Natal que os aconchegue ou sequer lhes aconchegue os estômagos.
Pode-se (e deve-se) tentar melhorar um pouco nesta época do ano, mas as mazelas continuarão no ano seguinte, já que as políticas públicas continuam a ser as mesmas.
Se esta é a triste realidade do Natal, então onde fica o campo de esperança para o futuro (imediato ou de médio prazo) que se queria fosse risonho?
Que futuro espera os trabalhadores da Administração Pública, quando este Governo, o Governo do eng. Sócrates, se propõe mandar para casa ao abrigo da “lei da mobilidade” milhares deles?
Que futuro têm os trabalhadores dos sector privado, quando este Governo, o Governo do eng. Sócrates, se propõe criar 150.000 novos postos de trabalho e vai começar o ano de 2008 com a mais alta taxa de desemprego e com tendência para subir, como afirma a União Europeia?
Que futuro terão os reformados, com baixas reformas, quando este Governo, o Governo do eng. Sócrates, se propõe neste Orçamento de Estado a aumentar a taxa de IRS para os que recebem valores de reforma baixos, comparados com os valor europeus?
Que futuro têm também os reformados da função pública, ou em vias disso, com as reformas a serem alteradas e aumentados os descontos, nomeadamente para a ADSE (Assistência na Doença aos Servidores do Estado) por este Governo, o Governo do eng. Sócrates, que em campanha eleitoral em 2005 disse exactamente o contrário daquilo que está a fazer?
Não tem condições, este Governo, Governo de eng. Sócrates e do Partido Socialista, para que o respeitemos, já que eles não respeitam os reformados, os idosos, os mais carenciados desta sociedade.
É preciso que todos saibamos que esta época não vai ser só uma época de esperança no futuro. É antes uma época de luta por um futuro melhor, com melhores políticas para defesa dos mais desfavorecidos.
Uma época que sirva a todos e não apenas a alguns de forma privilegiada.
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