O Alentejo, a crise e o aeroporto de Beja

Pedro Beja Neves

responsável pelo Terminal Civil de Beja

Para enfrentar e ajudar a vencer a crise que Portugal atravessa, o Alentejo será porventura a região mais bem “apetrechada” para que, de uma forma sustentada, possa planear e pôr em prática um modelo de desenvolvimento conducente à criação de empregos, riqueza e bem estar:
– Dispõe de uma importante infra-estrutura portuária: o porto de Sines;
– Na região situa-se hoje o maior lago artificial da Europa;
– Dispõe de um aeroporto;
– Na costa alentejana, virada para o oceano Atlântico, encontram-se das mais belas praias da Europa;
O efeito conjugado dos factores de desenvolvimento acima mencionados, desde que devidamente apreendido, é tremendo! Reforço o termo “apreendido”: é fundamental que todos os agentes económicos se revejam num modelo de desenvolvimento que integre os efeitos conjugados de cada um dos factores, para que na realidade possam, sem desperdicio do seu potencial, contribuir para um crescimento económico sustentado da região e, consequentemente, do país. Que poderá advir, sobretudo:
– Da aposta numa política agrícola virada para a exportação, inovadora, exigindo canais de distribuição eficientes e criadores de valor que o aeroporto, conjugado com a rodovia e a ferrovia, poderá proporcionar;
– De uma aposta firme no sector do turismo, evidenciando-se a história, a gastronomia, as praias e o potencial contido no aproveitamento da albufeira da barragem do Alqueva;
– De dois importantes pólos de desenvolvimento, o aeroporto de Beja e o porto de Sines, atraindo para a sua área de influência empresas que, procurando beneficiar da importância que estas infra-estruturas significam para a competitividade dos seus produtos e serviços, proporcionam empregos, sobretudo apelando a uma mão-de-obra especializada, como é o caso da indústria de manutenção de aeronaves, que se vai instalar no aeroporto;
– Da constituição de parcerias entre empresários, mas também entre autarquias, e entre estas e empresários, unindo esforços num propósito comum, racionalizando recursos na procura do alcance de objectivos que a força do conjunto permite acreditar.
Em resumo: basta ao Alentejo possuir vontade, para que a batalha do desenvolvimento seja vencida!

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