Segundos depois da partida em que a Seleção Nacional goleou a Suíça nos oitavos-de-final do Mundial surgiu, de imediato, nos diretos de alguns canais televisivos, o Presidente da República. Ainda os jogadores se cumprimentavam (nem Cristiano Ronaldo tinha recolhido aos balneários) e já Marcelo Rebelo de Sousa se aprestava a “vestir a pele” de comentador desportivo e a analisar com detalhe as incidências do jogo, elogiando a tremenda exibição da “equipa das quinas”.
Dias antes, o mesmo Presidente tinha anunciado (na rua, claro está), que se preparava para visitar algumas das Urgências hospitalares da zona da Grande Lisboa, onde se registavam problemas no acesso de doentes devido à falta de médicos que preenchessem as escalas. O que, seguramente, seria de todo útil, pois nada melhor que ter uma visita presidencial (com todo o aparato que a mesma encerra) numa qualquer Urgência, impedindo – ainda mais – o bom funcionamento da mesma…
Estes dois episódios atestam aquele que é o registo de Marcelo Rebelo de Sousa, outrora comentador televisivo, mas desde 2015 Presidente da República. E se, no início, o seu estilo “terra-a-terra” e de proximidade, pontuado pelas selfies, foi uma lufada de ar fresco, a constância da sua omnipresença e a necessidade de ter de estar em todo o lado, a falar de tudo, começa a ser um problema. Para ele e para o país.
Os tempos que correm não são nada fáceis. Por isso, mais do que nunca, o que se espera agora do nosso Presidente é mais recato e menos “agitação”. Porque o que está para vir é de todo imprevisível…
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