No próximo dia 25 de maio, em Portugal, realizar-se-ão eleições para o Parlamento Europeu.
Todos nós estamos cientes que, à semelhança do que se tem verificado nas cinco eleições anteriores (de 1989 a 2009) a taxa de participação será o maior desafio a todos os partidos concorrentes.
São conhecidos os motivos de “desinteresse” dos atos eleitorais anteriores (falta de identificação com a organização da UE, desinteresse da atividade política, sensação de reduzida importância do País no quadro da União, etc) e que poderá ser agravado com a atitude que a União, liderada por um só País (a Alemanha) tem tido na chamada crise da dívida soberana, com pouca/nenhuma vontade em dar passos determinados para uma resolução em prol de Todos os Europeus.
Porém, convém não esquecer que estas eleições servirão, não só para reprovar a política de “cega austeridade” do Governo, de destruição da economia e do emprego, do abandono de projetos estruturantes (Autoestrada do Baixo Alentejo, Aeroporto de Beja e, parece, a não conclusão do Empreendimento de Alqueva, por exemplo) do empobrecimento e forçada emigração de muitos dos nossos compatriotas, mas também terão a função de conferir uma OUTRA ORIENTAÇÃO POLÍTICA a uma União Europeia profundamente manietada pela maioria de políticas conservadoras e ultraliberais da Direita europeia.
Precisamos, urgentemente, dando o nosso contributo, de provocar a mudança política na Europa, com políticas com vista o incremento do crescimento inclusivo e sustentável de forma a restaurar a confiança dos cidadãos no projeto europeu.
Numa altura em que a União Europeia definiu o chamado documento “Estratégia Europa 2020” que irá enquadrar a iniciativa europeia dos próximos anos, é fundamental que este documento seja um documento “positivo” de parceria, de envolvimento dos cidadãos, regiões e autarquias (o Comité das Regiões recomenda que esta Estratégia se baseie numa parceria e numa apropriação mais fortes, envolvendo todos os níveis de governação, a chamada Governação Multinível – com elevado impacto territorial).
Só com um conjunto de políticas inclusivas, de participação e envolvimento, conseguirá existir sucesso e continuaremos, verdadeiramente a encarar a União Europeia como um espaço comum, de proteção, de desenvolvimento e de bem-estar.
A UE é e continuará a ser o nosso caminho e o de todos os Europeus, como disse Victor Hugo, em meados do séc. XIX: “Virá um dia em que as armas vos cairão das mãos! Virá um dia em que a guerra entre Paris e Londres, entre São Petersburgo e Berlim, entre Viena e Turim parecerá tão absurda como hoje nos parece entre Rouen e Amiens, entre Boston e Filadélfia. Virá um dia em vós, França, Rússia, Itália, Inglaterra, Alemanha, todos vós, nações do continente, sem perderem as vossas qualidades distintas e a vossa gloriosa individualidade, vos fundireis estritamente numa unidade superior(…).
Tenhamos força para, apesar das adversidades, continuar a acreditar no futuro daquilo que nos possibilitou e que irá possibilitar a manutenção da Paz, do incremento da prosperidade e do desenvolvimento do nosso País.
Continuamos e, muito, a precisar de MAIS EUROPA!
Autarcas de Castro Verde e Almodôvar sem receios sobre venda de Neves-Corvo
Os autarcas de Castro Verde e de Almodôvar encaram com normalidade e sem receios a venda da Somincor à sueca Boliden por parte da Lundin