Os alunos esperam sempre com expectativa as palavras – ou as notas… – com que os professores se referem ao seu trabalho. Mas também os professores têm frequentemente curiosidade acerca dos comentários que os alunos fazem acerca deles.
São muito variadas – e frequentemente correctas – as afirmações que os alunos podem fazer sobre os seus professores, mas, para avaliarmos em profundidade aquilo que um professor significa realmente para os seus alunos, teremos de ir um pouco além das afirmações que estes possam fazer.
Porque, muitas vezes, aquilo que um aluno diz sobre os professores está limitado pela experiência mais recente que teve, agradável ou desagradável; ou pela superficialidade; ou pela pressa.
Um ponto importante é este: aquilo que os professores vêm a ser para os alunos depende fundamentalmente daquilo que os alunos são para os professores: do modo como estes encaram os alunos.
Eu gosto muito dos professores porque eles gostam muito de nós, dizia uma aluna do 2º Ano. Nessas idades existe ainda a simplicidade profunda que permite dizer numa frase coisas muito mais certeiras do ponto de vista educativo do que boa parte dos documentos produzidos por sucessivos ministérios da educação.
Mas, então, há professores e professores? Porque nem todos olham para os jovens da mesma forma…
É verdade, mas todos queremos que sejam cada vez mais os professores que olham para os alunos com aquela forma de olhar – ver um aluno de cada vez – própria de quem olha… para uma pessoa.
Os nossos alunos são pessoas muito especiais para nós. São de alguma maneira os nossos irmãos pequenos, porque são jovens e nos estão confiados. Estão a passar por onde nós já passámos, e muitas vezes fazem-nos sorrir, e recordar, e recordar sorrindo.
Têm os sonhos que nós já tivemos e acreditam naquilo em que nós gostaríamos de ainda acreditar. Transmitem-nos vida – às vezes em demasia… – e estamos sempre a aprender com eles.
São para nós uma ocasião de sermos jardineiros e poetas. Permitem-nos realizar o papel de encaminhar, de alguma forma, o mundo.
Dão-nos muito. E dão-nos ainda de outra maneira, porque nos permitem dar e isso nos constrói e enche de sentido os nossos dias.
Gostamos deles. E, por isso, aconselhamos, ralhamos, castigamos quando isso se torna conveniente. E por isso procuramos evitar que se metam em situações que sabemos serem prejudiciais.
Quando é possível, fazemos tudo isto sem deixarmos de sorrir… E assim nem eles se importam muito com o conselho, com a censura, com o castigo.
Sindicato critica novos horários de entrada em Neves-Corvo, Somincor garante que não houve “reações negativas”
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) critica os novos horários de entrada dos funcionários na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde,