À medida que envelhecemos, a cartilagem das articulações começa lentamente a degradar-se, causando dor e dificultando os movimentos. Investigadores descobriram que existe uma forma de reverter este processo, estimulando os processos biológicos responsáveis pela reparação da cartilagem.
Uma parte do processo de envelhecimento envolve a deterioração sistemática do revestimento cartilagíneo que protege as articulações e evita que os ossos friccionem um contra o outro.
Quando a erosão do tecido cartilagíneo começa, instala-se dor e desconforto. Existe uma forma de evitar que isto aconteça ou, pelo menos, de limitar os danos. Investigadores conseguiram extrair do marisco algumas substâncias capazes de, segundo estudos clínicos, prevenirem a perda progressiva de cartilagem e até reparar uma parte da cartilagem já danificada.
Até recentemente, o sulfato de glucosamina, nome pelo qual o extracto de marisco é conhecido, era desconhecido pelo público. Hoje, a maioria das pessoas com osteoartrose (nome clínico da doença degenerativa que afecta as articulações) estão familiarizadas com os benefícios desta substância que se encontra disponível em farmácias. Não reduz apenas a dor mas estimula os processos biológicos envolvidos na manutenção e reparação da cartilagem articular, permitindo a reconstrução do tecido danificado.
<b>Pode substituir o tratamento convencional. </b>A terapêutica utilizada na osteoartrose passa normalmente por analgésicos ou ibuprofeno, além de outros anti-inflamatórios não esteróides (AINE), sendo a cirurgia de substituição por prótese articular a última opção. No entanto, a descoberta do sulfato de glucosamina oferece aos reumatologistas e outros médicos uma nova alternativa que tem os mesmos benefícios dos fármacos sintéticos mas sem efeitos secundários.
Os estudos com sulfato de glucosamina (e já existem bastantes neste momento) documentam que a sua capacidade de reduzir a dor articular é tão, e por vezes até mais, eficaz quanto os AINE. Estes estudos documentam também a capacidade de melhorar a mobilidade articular ao fim de oito a 12 semanas de tratamento. Adicionalmente, é o único tratamento capaz de travar a progressão da osteoartrose.
<b>Um “bloco de construção” biológico. </b>A função principal da glucosamina no organismo é participar no fabrico de glucosaminoglicanos (GAGs) que mantêm o funcionamento saudável do tecido articular. Também conhecidos como mucopolissacáridos, os GAGs são cadeias complexas de carboidratos que formam a estrutura da cartilagem, tendões e líquido sinovial. Promovem a saúde das articulações e são essenciais para a sua reparação e regeneração. Uma vez que a glucosamina é o bloco de construção dos GAGs, a sua presença é essencial na manutenção de uma cartilagem saudável.
<b>Sem sulfato não há efeito. </b>A glucosamina encontra-se comercialmente disponível sob três formas: cloridrato de glucosamina (HCl), sulfato de glucosamina e N-acetilglucosamina. A única forma que demonstrou ter efeitos fiáveis foi o sulfato de glucosamina. A explicação é a seguinte: a glucosamina necessita do grupo sulfato (que contém enxofre) para funcionar.
<b>Sulfato de condroitina para mais benefícios. </b>Outra substâncias natural é o sulfato de condroitina. Tipicamente extraída da cartilagem de tubarão ou bovina, a condroitina também participa na construção da cartilagem pois é necessária na síntese de GAGs, que formam o tecido conectivo e a cartilagem articular. Estudos mostram que os efeitos do sulfato de condroitina são sentidos ao fim de oito a 16 semanas. Quando tomado em combinação com o sulfato de glucosamina, é possível observar mais benefícios.
A combinação de sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina encontra-se disponível em farmácias.