Já vemos Luz ao fundo do túnel

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

Cerca de seis anos depois do seu anúncio, a obra de ligação do Monte da Rocha ao Alqueva, através da albufeira do Roxo, vai finalmente avançar. O investimento está avaliado em 28,4 milhões de euros e a empreitada deve demorar 21 meses, podendo começar ainda no primeiro trimestre deste ano, assegurou o presidente da EDIA, José Pedro Salema [ver páginas 2 e 3].
Com a concretização desta reivindicação antiga, será garantida a sustentabilidade da albufeira do Monte da Rocha, que, recorde-se, assegura o abastecimento público nos concelhos de Ourique, Almodôvar e Castro Verde, assim como em parte dos de Mértola e Odemira.
A par disso, a obra permitirá o reforço à albufeira do Monte da Rocha para regadio e, pelo caminho, a criação de um novo bloco de rega, com 2.330 hectares, nos concelhos de Aljustrel e Ourique, no âmbito do empreendimento do Alqueva.
É caso para dizer que, finalmente, vemos “luz ao fundo do túnel”. Este é, porventura, um dos investimentos públicos mais importantes e urgentes para todo este território a sul do Baixo Alentejo, há muito a enfrentar uma seca severa e com cada vez menos água disponível para servir as populações.
Mas não se julgue que basta fazer a obra para todos os nossos problemas estarem resolvidos. Pelo contrário! Independentemente de, quando o sistema entrar em funcionamento, deixarmos de ter o risco de vir a faltar de água para abastecimento público, exige-se que todos nós olhemos para este recurso como algo finito e precioso, que não pode ser gasto sem cuidado ou critério. Ou mudamos de comportamento ou nem Alqueva nos poderá valer…

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