Hoje de manhã passei na banca dos jornais do hospital e reparei que já não havia nenhum jornal desportivo. O que está certo. Mesmo que estes jornais subam como a gasolina, a crise não chega aqui.
Vem isto a propósito da enjoativa e excessiva cobertura televisiva da selecção do “seu” Deco e do “seu” Pepe, que chega ao ponto de ir fazer a cobertura da partida do autocarro, que levava os materiais dos jogadores para a Suiça. Lá entrevistaram o motorista e não entrevistaram o autocarro porque este não falava.
Temos outra vez Portugal no seu pior, e o aproveitamento sem escrúpulos da generosidade de um povo, que tem no futebol o único escape de alegria e realização, que a mediocridade do sr. Scolari vai provavelmente frustrar uma vez mais, como se viu no desolador desempenho contra a Geórgia.
Entristece-me pensar na reduzida média salarial das pessoas que correm atrás de um autocarro e nos milionários salários dos futebolistas que vão lá dentro, para não falar no obsceno e imerecido salário do sr. Scolari. Que já meteu dois brasileiros na “selecção das quinas” e vai meter muitos mais para ganhar a qualquer preço, se não se for embora. Havendo certamente jogadores portugueses, que vieram das escolas dos nossos clubes, iguais ou melhores para representar Portugal.
Gostava de ver o José Mourinho ir treinar a selecção do Brasil e levar com ele o Ricardo Carvalho e o Quaresma para a selecção canarinha. Talvez aí os jornalistas e leitores dos nossos jornais desportivos abrissem os olhos e não vissem as bandeiras nas janelas do Brasil.
Mas nós somos assim e não vale a pena lutar contra as ondas da maré que enche.
Um campeonato de futebol, mesmo um Europeu, é uma competição entre vários países, que se deseja saudável e que seja um hino ao desporto.
E apesar dos “Madails”, dos “Pepes” e dos “Scolaris”, temos miúdos como o João Moutinho, que suam a camisola do seu país. Que sorriem quando jogam. Que ganham e também perdem com a mesma dignidade.
Eu vou torcer por estes miúdos.
PSD vai a votos em Ourique, Almodôvar e Odemira
Gonçalo Valente, Diogo Lança e Luís Freitas são os candidatos únicos à liderança das secções do PSD em Ourique, Almodôvar e Odemira, respetivamente, que vão