FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) 

Sexta-feira, 22 Março, 2024
Luís Menezes

Luís Menezes

FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) 

Francisco Martins Pulido (1815-1876), Doutor em Medicina pela U. de Montpellier, França, Director dos Hospitais de Alienados da Luz e de Rilhafoles, hoje Miguel Bombarda e Casa onde nasceu na Vidigueira 

 

Foi Francisco Martins Pulido, Doutor em Medicina pela Universidade de Montpellier, França, Director dos Hospitais de Alienados da Luz (de 26-1-1846 a 8-11-1849) e de Rilhafoles, hoje Miguel Bombarda (de 15-11-1849 a 1-4-1866 e por carta régia da Rainha D. Maria II de 16-11-1850), Deputado por Beja e Moura (nas legislaturas de 1857-1858, 1858-1859, 1860-1861, 1861-1864), Sócio Efectivo da classe de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais – 4ª Secção Ciências Médicas1 e de várias instituições científicas, Comendador da Ordem de Cristo, Sócio fundador do Grémio Literário em Lisboa, etc.2 Nasceu na Vidigueira, Beja a 12-3-1815, e morreu em Villanueva del Fresno, Espanha em 1876.  

 

Estudou os preparatórios no Colégio de Sacro Monte em Granada. Depois cursou alguns anos de Medicina em Cádis, Espanha, tendo concluído o seu curso em Montpellier, França, o que conseguiu de tal maneira que mereceu o primeiro prémio em todos os anos do curso, obtendo aí a medalha de Hipócrates, distinção rara e valiosa. Tornou-se por isso tão saliente, que por empenho do corpo docente da mesma universidade, formou parte duma comissão nomeada pelo Governo entre as notabilidades médicas daquele País, para ir estudar uma epidemia que grassava nalgumas províncias daquele Reino. Além disto, foi muito instado para aceitar uma cadeira de Medicina naquela ou na Universidade Central, cargo que rejeitou por não ser da vontade de seus pais. 

Regressou pois a Portugal e foi estabelecer-se em Lisboa pelos anos de 1840 a 1841, e desde logo sem recomendação de ninguém, tornou-se notável por uns artigos que publicou em refutação de outros publicados pelo Dr. Lima Leitão, muito célebre naquele tempo.  

Nesta ocasião (1843), achava-se vago o lugar de Demonstrador de Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa ou um lugar da direcção do Real Hospital de S. José e abriu-se concurso para o seu preenchimento, mas apenas pró-forma, pois o lugar já de antemão estava dado ao outro candidato. No entanto, apresentou-se a disputá-lo com a tese «Chimica physiologia non soror, sed ancilla», recitada na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em 19-10-1843.3   

A diferença dos trabalhos dos dois concorrentes foi de tal ordem, que se tornou impossível dar o lugar ao concorrente de antemão escolhido. A questão agravou-se, porque este ao saber das intenções do júri, publicou um trabalho, escalpelizando a tese do seu antagonista (Dr. Caetano Beirão) e pondo a nu as suas deficiências científicas. Moveram-se empenhos de toda a ordem, para o obrigar a desistir da sua campanha. Até interpuseram a influência de seu pai, Domingo Cláudio Martin Pulido. A nada ele cedeu, surgindo então uma ideia conciliatória e aceite por ambas as partes: Subdividir o cargo, criando-se uma nova secção hospitalar – a de Psiquiatria.  

FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) 
Fachada principal do Hospital de Rilhafoles (hoje Miguel Bombarda) em Lisboa em 1855, gravura de António Egídio da Ponte Ferreira (1820-1884); J. J. Santos gr., [Lisboa: s.n.], 1855, in Biblioteca Nacional
FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) 
Alçado do Hospital de Rilhafoles em Lisboa em 1892-1898, in https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4231952, Arquivo Nacional da Torre do Tombo
FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) 
quadro de Francisco Martins Pulido (1815-1876), in Villanueva del Fresno

 

Acedeu este enfim e assim surgiu e foi criado o hospital de Rilhafoles, hoje Miguel Bombarda, onde mostrou a maior competência, filha de seus vastos conhecimentos. 

Esteve integrado numa comissão presidida pelo 1º Marquês do Faial (futuro 1º Duque de Palmela), desde 15-11-1848, para propor à Rainha D. Maria II e ao Governo: 1º todos os meios que julgassem próprios para converter em hospital regular de Alienados o edifício de Rilhafoles, ocupado pelo então pelo Colégio Militar; e 2º propor igualmente os diversos regulamentos convenientes ao serviço clínico e administrativo do mesmo hospital, de modo que este se aproximasse em regularidade e resultados, aos hospitais estrangeiros mais acreditados desta tipologia.4   

A 16-11-1850, foi Francisco Martins Pulido, nomeado por D. Maria II para Médico Director do Hospital de Alienados de Rilhafoles, sendo já director efectivo desde 15-11-1849. Em Janeiro de 1850, foram transferidos os últimos doentes do Hospital de S. José, para o Hospital de Rilhafoles.5    

Esforçou-se por introduzir neste hospital, os métodos de tratamento que tinha observado no estrangeiro, preocupando-se com a formação do pessoal, as condições de higiene e opondo-se a situações arbitrárias contra os doentes. É o que refere a “Revista Medicina Contemporânea”, Ano I, n.º 37 de 16-9-1883 «Não houve detalhe que não merecesse a sua atenção. O principio do isolamento, convenientemente compreendido e aplicado, o trabalho metódico como meio de tratamento, o tratamento moral, a educação do pessoal no sentido de só empregar para com os infelizes alienados meios brandos e persuasivos, impondo-se-lhe pelo respeito apenas, o largo desenvolvimento dado às condições higiénicas até então sistematicamente desprezadas, a regulação nas admissões e respectiva escrituração, por forma a colherem-se e a guardarem-se com sistema todos os elementos importantes da história do alienado, o estabelecimento dos preceitos convenientes para garantir a liberdade das pessoas, opondo-se às admissões ou retenções arbitrárias, tais foram os traços gerais da reforma considerável realizada nesta época, grandemente trabalhada pelo Dr. Pulido. Definitivamente constituído e instalado o novo hospital o Dr. Pulido entregou-se ao estudo dos seus doentes, fazendo a justa aplicação das doutrinas de Pinel e Esquirol, que já então tinham penetrado em toda a parte; e, no pouco tempo que esteve com assiduidade e boa vontade à testa deste serviço elaborou o melhor trabalho que sobre tais assuntos existe até à data na nossa literatura médica, vem incorporado no relatório que o enfermeiro-mor do hospital de S. José, Diogo de Sequeira Pinto, dirigiu ao Ministro do Reino em 22 de Março de 1852 […] E assim ficou na sombra o trabalho do Dr. Pulido, do qual não achei notícia na literatura estrangeira, nem consta que tenha sido aproveitado por algum escritor português para trabalho de valor sobre este assunto, tão pouco cultivado de resto entre nós […]».6  

Francisco Martins Pulido, salienta desde a sua entrada na direcção do Hospital de Rilhafoles, as condições degradantes em que se deparavam e encontravam os alienados em Portugal, responsabilizando não só as famílias, mas o próprio Estado.7  

Com as novas doutrinas de Pinel e Esquirol, colocou este hospital como uma instituição de referência em Portugal e à altura dos melhores do estrangeiro «Para este fim poz-se á testa do novo hospital, como seu director o dr. Francisco Martins Pulido, que desde 1849 dirigia as installações. Este medico distincto, nascido em 1815, cursara as escholas de Montpellier, onde se doutorou. Estudara largamente a obra de Pinel e de Esquirol, e foi elle quem elevou o novo hospital portuguez á altura dos melhores do extrangeiro d`aquelle tempo (…)».8  

Em 1862, foi constituída uma comissão, composta pelos médicos Francisco Barral, Caetano Beirão e José de Lima, para averiguar se existiriam irregularidades, no Hospital de Rilhafoles, dadas as informações de degradação do espaço e constando, que os alienados não estavam a ser tratados convenientemente, mas também para fazer as recomendações do que deveria ser modificado. Parece ter sido nesta altura que Francisco Martins Pulido, decidiu deixar a direcção de Rilhafoles, acabando mesmo por abandonar o hospital e o País, continuando apenas esta instituição a gerir medicamentos para os doentes até 1864.9 Simultaneamente foi constituída uma comissão de inquérito parlamentar (1862), que publicou um relatório e chegando à conclusão de não existirem quaisquer irregularidades.10     

Depois de exercer por muitos anos o cargo de Director dos Hospitais de Alienados de Rilhafoles (1849-1866), começou a ausentar-se e foi demitido em 1866 por João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Martens (1824-1895), Ministro do Reino (de 9-5-1866 a 4-1-1868), o que deu lugar a uma cena de violência nas escadas do ministério. Dizem que Martins Pulido ficou com a aba do “frack” do ministro agarrada na mão, quando este buscava fugir-lhe!11 

Em 1866, sucedeu-lhe na direcção do Hospital de Rilhafoles o Dr. Guilherme Abranches, que apesenta um relatório sobre o estado do hospital nesse ano, que revelava ter superacumulação de doentes, pois estava destinado a receber 300 doentes e já tinha na época mais de 500.12  

Desgostado com este facto, abandonou o País em 1866, indo exercer clínica em Madrid e posteriormente para Villanueva del Fresno, tratando só de agricultura. Dolorosamente dizia, sem força para reagir «aqui se enfurece, se enturpece y se envilece». 

Eleito Deputado pelo círculo de Beja para as legislaturas de 1857-1858 e 1858-1859 (juramento em 7-11-1858 e 25-6-1858) e por Moura para as legislaturas de 1860-1861 e 1861-1864 (juramento em 16-3-1860 e 17-6-1861). Integrou as comissões de Agricultura (1858-1861 e 1863), Saúde Pública (1858, 1860 e 1861) e de Instrução Pública (1863 e 1864). Fez parte da deputação que em 1858, foi cumprimentar o Rei D. Pedro V, pelo aniversário do juramento da Carta Constitucional. Foi autorizado a acumular o cargo de director do Hospital de Rilhafoles com as funções legislativas. Na discussão do projecto de lei da organização da Repartição de Saúde Pública, interveio afirmando que esta deveria ser um conselho consultivo e não deliberativo e executivo, porque senão seria um tribunal sem apelação (1858); apoiou o projecto de lei que tinha por fim melhorar a situação dos médicos do Exército, cujas disposições, no seu entendimento deviam ser extensivas à Armada e desaprovou o adiamento da discussão porque faltavam muitos facultativos no Exército e as condições não eram de molde a interessar os cirurgiões civis. Discursou também do parecer da Câmara dos Pares sobre este projecto de lei, considerando as exigências de permanência no serviço militar como um ataque à liberdade individual (1859); fez uma interpelação ao Ministro das Obras Públicas, acerca do decreto-lei de 4-1-1859, autorizando a importação de cereais por todos os portos secos e molhados do Reino até 31 de Maio do mesmo ano, criticando essa medida principalmente em relação ao Sul do País, temendo que a produção nacional fosse prejudicada pela introdução de cereais estrangeiros, o que traria dificuldades acrescidas à agricultura com preços mais baratos. No final da interpelação, apresentou uma moção visando regular definitivamente a importação de cereais e pôr a agricultura ao abrigo da incerteza e desconfiança e do arbítrio do Governo (1859). Apresentou um projecto de lei, subscrito por outros deputados alentejanos, autorizando o Governo a contratar com qualquer companhia, a construção do caminho-de-ferro de Vendas Novas a Évora e Beja, no prolongamento da linha do Barreiro a Vendas Novas. Ainda no ano de 1858, informou a Câmara que a Comissão de Saúde Pública, necessitava de mais esclarecimentos sobre a questão dos arrozais, porque, se a saúde pública exigia que o cultivo de arroz cumprisse determinados preceitos, os proprietários reclamavam e alegavam que aquele cultivo, longe de prejudicar a saúde, tinha melhorado as condições de salubridade onde se cultivava. O parecer apenas veio a ser dado em 1863. Felicitando o Ministro do Reino, por ter trazido à discussão o projecto de lei que autorizava o Governo a criar uma Directoria-Geral de Instrução Pública, fez um longo discurso abordando as diversas dimensões da instrução pública, a falta de organização dos liceus e em especial, o estado de ensino da Medicina. Enviou requerimentos pedindo informações de vária ordem, não só das comissões a que pertencia, mas também assuntos de interesse para o seu distrito eleitoral, como os documentos referentes ao Banco Rural de Serpa, que solicitou durante o ano de 1862. Em Maio desse ano (1862), fez uma intervenção sobre uma interpelação que se preparava na Câmara dos Pares, dirigida ao Ministro do Reino, onde foram proferidas afirmações graves contra o estabelecimento que dirigia. Foi nomeada uma comissão de inquérito que elaborou um relatório, publicado na folha oficial, reconhecendo não existirem quaisquer irregularidades.13  

Colaborou no Jornal da Sociedade das Siencias Medicas de Lisboa de 1844 a 1846 e escreveu: Quelques propositions de Médicine, Montepellier, 1839 (tese apresentada à Faculdade de Medicina de Montepellier, França em 31-8-1839); Dissertação inaugural recitada na Eschola Medico-Cirurgica de Lisboa, no concurso para o logar de Demonstrador de Medicina da mesma Eschola, Lisboa: Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis, 1843; Que teoria explica melhor a metamorfose do sangue venenoso em arterial nos capilares pulmonares (tese inaugural), Lisboa, 1843; Concurso do sr. Beirão na Eschola Médico-Cirurgica de Lisboa, Dissertação inaugural do dito senhor, dada à luz com o original francez pelo dr. Francisco Martins Pulido (folheto de critica), Lisboa, Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis, 1843; Relatorio sobre a organisação do Hospital d`alienados em Rilhafolles, e dos resultados administrativos e clinicos do anno de 1850, e tres trimestres de 1851, Lisboa: Imp. Nacional, 1852, etc.  

Foi amigo de ilustres homens do seu tempo nomeadamente de João Baptista de Almeida Garrett (1799-1854)14 «Como se achava muito cansado e nervoso, ia todas as manhãs tomar banhos de duche a Rilhafoles, conversando muitas vezes acerca de Garrett com o director, o notável clínico dr. Francisco Martins Pulido, que era também amigo do poeta, mas que havia muito tempo o não via (…)».15  

Foi também afeiçoado e próximo do 1º Duque de Saldanha «Estando em Cintra no fim do verão do anno de 1854, foi ver-me o meu amigo dr. Pulido (a quem a humanidade tanto deve pelo excellente estado a que tem levado o nosso hospital de lunáticos) (…)», e mais adiante refere «O collegio militar mudou-se para Mafra, e os alienados para Rilhafolles; sendo o hospital entregue aos cuidados e direcção do meu amigo o dr. Francisco Martins Pulido. Uma linguagem mais energica do que as expressões que eu poderia empregar para exprimir a minha sincera admiração pela caridade, talento, conhecimentos e dedicação d’aquelle benemerito cidadão e excellente facultativo logo na formação do estabelecimento, e depois no tratamento dos alienados se apresenta magnifico entre nós. É aquelle mesmo estabelecimento, que se tem iguaes na Europa, a nenhum é inferior (…)».16  

Foi ele um dos percursores, primeiros alienistas e psiquiatras portugueses na obra de assistência asilar na 2ª metade do século XIX, que contribuiu para a compreensão do conceito de alienação mental e edificou um legado médico-científico pelos estudos profícuos e de grande relevância que perduram até aos dias de hoje. Com ele a especialidade e disciplina de Psiquiatria, progrediu em Portugal, enquanto área científica, e acompanhou os países congéneres, colocando o Hospital de Rilhafoles em Lisboa, como um exemplo em termos nacionais e internacionais.17   

Era filho de Domingo Cláudio Martin Pulido, nasceu em Nossa Senhora de Guadalupe, Almendro a -1-1796; proprietário no distrito de Beja, residiu inicialmente na Vidigueira, provavelmente na casa da rua do Outeiro e de Catharina Vásquez Cano Pérez, que nasceu em Nossa Senhora de Guadalupe, Almendro (filha de Francisco Gómez Vásquez Cano e de sua mulher Maria la Bella Pérez, naturais de Nossa Senhora de Guadalupe, Almendro); neto paterno de Manuel Andrés Martin Pulido, nasceu em Nossa Senhora de Guadalupe, Almendro a 10-11-1770 e de Maria de los Dolores Gómez ou Feria, que foi baptizada em Nossa Senhora de Guadalupe, Almendro em 21-3-1771. 

 

Os do Almendro: II – O Dr. Pulido, in Jornal Novidade de 15-2-1925, Lisboa: Typographia das “Novidades”, 1885-1974, Ano (XL) – II, n.º 8865-414, pp. 1-3 

 

FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876)  FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876)  FIGURAS DE ONTEM DO ALENTEJO: Francisco Martins Pulido (1815-1876) 

 

Novidades de 15-2-1925

Notas:
[1]cf. Memorias das Academia Real das Sciencias de Lisboa-Classe de Sciencias Moraes, Politicas e Bellas-Artes, Nova Serie-Tomo IV, Parte I, Lisboa: Typographia da Academia, 1872, p. XXVII.

[2] Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), Registo Geral de Mercês, D. Maria II, Livro 36, fl. 3 v.º a 4 v.º; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa-Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [195-]- , Vol. XXIII, p. 682; Maria Filomena Mónica, dir.; Pedro Tavares de Almeida, colab. [Et Al.] – Dicionário Biográfico Parlamentar: 1834-1910, Vol. III, Lisboa: Assembleia da República: Imprensa de Ciências Sociais-Casa da Moeda, 2004-2005, pp. 391-393; Os do Almendro: II – O Dr. Pulido, in Jornal Novidade de 15-2-1925, Lisboa: Typographia das “Novidades”, 1885-1974, Ano (XL) – II, n.º 8865-414, p. 3; Secretaria de Estado da Assistência Social – Centenário do Hospital Miguel Bombarda, antigo Hospital de Rilhafoles 1848-1948, Lisboa: Hospital Miguel Bombarda, pp. 42-47; In Memoriam [de] Francisco Pulido Valente, 1884-1963, [Lisboa]: Imp. Nacional-Casa da Moeda, 1989, pp. 11-17; artigo do Prof. Doutor António Maria Sena, in A Medicina Contemporanea: Hebdomadario Portuguez de Sciencias Medicas, dir. Miguel Bombarda; red. Manuel Bento de Sousa [Et. al.], Lisboa: José Antonio Rodrigues, 1883-1974, I anno, nº 37, 16-9-1883, pp. 295-300; António Maria de Senna – Os Alienados em Portugal: História e Estatística, Vol. I, Lisboa, Publicação da Medicina Contemporânea, 1884, pp. 15-18; sabe-se que deixou descendência, entre os quais Adolfo Díaz-Ambrona Moreno (1908-1971), Ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação (entre 8-7-1965 a 29-10-1969).

[3]cf. António Feliciano de Castilho, redigido – Revista Universal Lisbonense, jornal dos interesses phisicos, moraes e litterarios, collaborado por muitos sabios e literatos, Tomo III, Anno de 1843-1844, Lisboa: Imprensa da Gazeta dos Tribunaes, 1844, p. 243.

[4]cf. Francisco Martins Pulido – Relatorio sobre a organisação do Hospital d`alienados em Rilhafolles, e dos resultados administrativos e clinicos do anno de 1850, e tres trimestres de 1851, N.º 11.

[5]cf. ANTT, Registo Geral de Mercês – D. Maria II, Liv. 36, fl. 3 v.º – 4 v.º; Centenário do Hospital Miguel Bombarda – Antigo Hospital de Rilhafoles, Porto, Imprensa Portuguesa, 1948, p. 46 e Ana Catarina Pinheiro dos Santos Necho – A Assistência aos alienados em Portugal: o Hospital de Rilhafoles (da fundação à Implantação da República), tese de Doutoramento em História na especialidade de História Contemporânea na Faculdade de Letras, Lisboa: Universidade de Lisboa, 2019, p. 66.

[6]cf. António Maria de Senna – Os Alienados em Portugal: História e Estatística, Vol. I, Lisboa, Publicação da Medicina Contemporânea, 1884, pp. 15-18; o relatório de Francisco Martins Pulido, foi publicado a requerimento seu, mas colocando no frontispício o seguinte título “Relatorio do estado e administração em geral do hospital N. e R. de S. José, de Rilhafoles, e anexos, para S. Magestade a Rainha, dirigido ao Ministro d`Estado dos Negocios do Reino, o Conselheiro d`Estado Rodrigo da Fonseca Magalhães, pelo Enfermeiro-Mór Diogo Antonio Corrêa de Sequeira Pinto Lisboa: Imp. Nacional, 1857”. A monografia referida de Diogo António Correia de Sequeira Pinto, tem apenas uma exposição banal de 31 páginas dos serviços hospitalares, que o enfermeiro-mor Sequeira Pinto, nomeado havia coordenado apenas três meses e segue depois com o excelente relatório de Francisco Martins Pulido, desenvolvido em 129 páginas.

[7]cf. Ana Catarina Pinheiro dos Santos Necho, op., cit., p. 57.

[8]cf. O Instituto, jornal scientifico e litterario, Coimbra: Imprensa da Universidade, 1905, p. 646.

[9]cf. Ana Catarina Pinheiro dos Santos Necho, op., cit., p. 100.

[10]cf. Maria Filomena Mónica, op. cit., pp. 391-393.

[11]cf. Os do Almendro: II – O Dr. Pulido, in Jornal Novidade de 15-2-1925, Lisboa: Typographia das “Novidades”, 1885-1974, Ano (XL) – II, n.º 8865-414, p. 3.

[12]cf. Ana Catarina Pinheiro dos Santos Necho, op. cit., p. 76.

[13]cf. Maria Filomena Mónica, op. cit., pp. 391-393.

[14]cf. João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (n. em S.to Ildefonso, Porto a 4-2-1799 – m. em Lisboa a 9-12-1854), 1º Visconde de Almeida Garrett (decreto de 25-6-1854), Formado em Leis pela Universidade de Coimbra (em 1822), Deputado (em 1837-1846 e 1851-1852), Ministro dos Negócios Estrangeiros (de 4-3-1852 a 17-8-1852), Par do Reino (por carta régia de 13-1-1852, tomando posse a 8-3-1852), escritor, dramaturgo romântico, orador, ministro e secretário de Estado Honorário; grande impulsionador do teatro e uma das maiores figuras do Romantismo português.

[15]cf. José Calvet de Magalhães-Garrett: a vida ardente de um romântico, Lisboa: Bertrand Editores, 1996, p. 258.

[16]cf. Marechal Duque de Saldanha – Estado da Medicina em 1858. Opusculo dividido em cinco partes, dedicado a Sua Magestade El Rei o Senhor Dom Pedro – Quinto, e offereccido aos Homens de Consciencia e Superiores que entre nós praticam a Nobre e Liberal Profissão da Medicina, 2ª edição, Lisboa: Imprensa Nacional, 1858, pp. 132 e 133.

[17  ]cf. Ana Catarina Pinheiro dos Santos Necho, op., cit., p. 166.

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