Muitos criadores de bovinos no Baixo Alentejo estão a “desfazer-se” de parte do seu efetivo pecuário, devido ao impacto que a seca tem vindo a ter na sua atividade. Tal como o “CA” lhe dá conta nas páginas 2 e 3 desta edição, sem pastagens para o gado e com as rações e a palha a preços altos, estes produtores estão a ser obrigados a vender os seus animais em leilões ou diretamente para os matadouros.
De acordo com os próprios agricultores, a falta de chuva na região limitou o crescimento das pastagens e os preços de um fardo de feno chegam a atingir os 25 a 30 cêntimos o quilo. Contas feitas, lamentam-se, um fardo de feno com 450 quilos pode chegar aos 130 euros e dá para alimentar apenas cerca de 25 animais por dia.
Este exemplo, entre outros, comprovam que a cada dia que passa o cenário é cada vez mais negro para a lavoura da região. As trovoadas das últimas semanas fizeram mais mal do que bem e a seca no Baixo Alentejo continua a agudizar-se, num problema sem solução de curto ou médio-prazo à vista.
Estando os problemas há muito identificados – sobretudo por parte de quem está, dia após dia, no terreno –, urge colocar em prática algumas das soluções exigidas, para mitigar (dentro do possível) os efeitos da seca na região. Caso contrário, teremos um setor a definhar… arrastando consigo tudo o resto.
2. Se na última edição criticámos o “lado mau” do Desporto, nesta temos de louvar o seu lado positivo. O exemplo vem da Liga de Futsal Adaptado da AFBeja, que tenta, através da prática desportiva, promover a inclusão. É assim que deve ser, porque o Desporto é universal, sem raça, credo ou cor, além de transversal e colocando todos em plano de igualdade.