Carta Aberta ao presidente da Câmara Municipal de Alvito

Quinta-feira, 17 Setembro, 2020

José Carlos Albino

consultor

<b>- A “nossa” Associação de Municípios –</b>

Sr. presidente, eng.º João Trindade,
Não tendo o prazer de o conhecer pessoalmente, embora conheça o seu pai com quem colaborei nos domínios técnicos sobre o desenvolvimento do concelho de Alvito e seja um amigo de Alvito por razões de amizades e de admirador enquanto pessoa que há mais de vinte anos vai frequentando a vila histórica. Entendi necessário escrever-lhe esta carta na altura em que já perfez dois anos do seu mandato, tendo como ponto principal <b>a sua postura e posicionamento face à AMBAAL </b>– Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral.
Quando soube dos resultados eleitorais autárquicos do conjunto dos concelhos associados na AMBAAL, concluí que os <b>“Independentes de Alvito” </b>iriam ter um papel crucial no funcionamento democrático da Associação de Municípios, com vista a uma acção Integrada de TODOS os Municípios e respectivos cidadãos desta nossa sub-região. Esta conclusão fundamentava-se nas declarações e programa da candidatura “Independente” que apontavam para o reforço da democracia e do desenvolvimento participado do concelho e da região.
Mas logo na primeira Assembleia da AMBAAL fiquei estupefacto quando o voto da Câmara Municipal a que preside esteve a favor duma direcção com maioria monocolor – PCP – e contra uma direcção que integrasse em igualdade as diversas forças políticas que assumem responsabilidades em qualquer Município associado da AMBAAL. <b>Nessa altura desconfiei da sua independência e da sua vontade de democratização, mais ainda acreditei que a rotatividade fosse para levar a sério</b>.
Quando o sr. presidente da AMBAAL, eng.º João Rocha, antes da tomada de posse dos órgãos sociais eleitos, decide limiarmente dispensar/sanear o director do “Diário do Alentejo” (que veio a torná-lo mais informativo, mais plural e mais lido pelos cidadãos da região) e não ouvi qualquer reacção de V. Exª, <b>desconfiei que o sr. presidente era dependente duma força política – o PCP</b>.
Quando avaliza a nomeação do meu amigo Francisco do Ó Pacheco, militante do PCP e director geral da AMBAAL proposto pelo seu partido, para director “efectivo” do “Diário do Alentejo”, o que tem vindo a levar à falta de visão plural e com ética jornalística e à diminuição de assinantes e vendas, <b>concluí que o sr. presidente era contra o pluralismo e independência do principal jornal da região</b>.
Quando chegada a altura acordada – Dezembro de 2006 – de pôr em prática o princípio de rotatividade, o que passaria por uma renovação da direcção e da presidência da AMBAAL, o sr. eng.º João Trindade ao votar em conformidade com os autarcas do PCP e nega a sua palavra referida no início do processo, <b>deixa cair totalmente a máscara de independente e transforma-se num agente activo das estratégias do PCP</b>, com as quais discordo, porque enfranquecedoras dos superiores interesses da região.

Sr. eng.º João Paulo Trindade,

Perante estes seus comportamentos será que está de consciência tranquila perante os eleitores que o elegeram, que esperariam a sua independência e postura democrática e pluralista?
Sinceramente duvido que se sinta bem com o seu comportamento que traiu os princípios que aclamou na sua candidatura, tanto mais que vou sabendo que a sua liderança na Câmara está sujeita a meia-dúzia de eleitos que realmente vão fazendo coisas avulsas e sem estratégia sem que o conjunto dos cidadãos do concelho de Alvito que constituíram o “Movimento Independente” sejam consultados, nomeadamente vários eleitos nessa lista.
Como não sou dos que defende que <b>vários erros justificam o erro permanente</b>, que se transforma em disparate total, <b>nem sou dos que acham que “quanto pior, melhor”</b>, gostaria que esta carta o levasse a uma reflexão que provoque uma tomada de posições consonantes com o que proclamou.

<p align=”right”>Com os melhores cumprimentos.</p>

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