Fui apoiante do Jorge Pulido Valente. Por convicção, sem lhe pedir nada, recusando tudo! Porque Beja precisa terrivelmente de mudar de vida! Quando fui o pai da expressão “o último executivo foi o pior de sempre na cidade”, não o afirmei porque a frase era eleitoralmente deliciosa: fiz a afirmação porque é axiomático que o mandato do dr. Fransciso Santos foi demasiado mau para ser verdade! Apesar da honestidade e vontade de mudar de Francisco Santos: mas uma vontade que foi impotente para se livrar da teia de interesses mesquinhos, das cumplicidades egoístas e do clientelismo que encontrou e não conseguiu vencer!
Depois de uma gestão tão ruim e com a actual oposição, comprometida e patética, sem uma ideia, uma proposta, um projecto, excepto a maledicência, é fácil ao Jorge fazer melhor! Sejamos honestos: o Rato Mickey fazia um melhor trabalho que o anterior executivo! Mas Jorge, se para os oportunistas que apenas sonharam mudar as moscas, ser menos mau que os outros é suficientemente bom, quem lutou tanto com dignidade por este projecto exige mais, muito mais de ti!
Passou um ano das eleições, pelo que vamos enterrar definitivamente o passado: já toda a cidade sabe que eles foram irresponsáveis nas contas, que favoreceram os seus correligionários, que se preparavam para invadir a Câmara com mais dois autocarros de militantes e tudo o resto, pelo que, já chega! Entristece-me ver-te a discutir com eles, como se eles estivessem ao teu nível. Obviamente que encontraste muitas pedras no caminho: mas as pedras não se movem com queixume, as pedras guardam-se para mais tarde construir um castelo!
No balanço de um ano de mandato, vamos enterrar o passado e falar de futuro: recordar a necessidade de fazer de Beja Capital, de construir uma cidade que seja um farol para o desenvolvimento de uma região, que saiba apostar nas áreas fundamentais, mormente a doçaria, o vinho e o azeite, o aproveitamento económico do aeroporto, na conciliação entre os velhos e os novos saberes. Uma cidade de todos, que conte com todos, independentemente das suas convicções ideológicas! Uma cidade que se desenvolva a partir do centro histórico, que consiga investir na sua recuperação do património, uma cidade com cultura e eventos, que saiba apostar os parcos recursos no que temos de excepcional para oferecer!
Informalmente sei que há muito trabalho de casa a ser feito: mas é crucial conseguir informar e explicar aos munícipes o que está a ser feito, envolver a cidade num projecto colectivo, porque a cidade não cresce através de um presidente e três vereadores: é preciso congregar a gente boa e honesta nessa cidade num projecto colectivo, onde haja espaço para ouvir todos, mobilizar os bejenses para o processo de reconstrução da nossa cidade, recuperar o espírito do “nosso partido é Beja”, melhorando os mecanismos de democracia participada.
Jorge, só por demasiado desleixo ou incúria podes perder a Câmara para este PCP: mas o importante não é ganhar a Câmara: o desafio é fazer de Beja a cidade com que sonhámos. Eu, ainda acredito! Ajudem-me a não perder a esperança!
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A aprovação do orçamento da Câmara de Castro Verde na sessão da Assembleia Municipal realizada na terça-feira, 11, levou a uma troca de críticas entre