A 26 de Maio vamos escolher os nossos representantes em Bruxelas, votando naqueles que nos próximos cinco anos defenderão os interesses de Portugal no Parlamento Europeu. O que, contrariamente ao que parece em primeira instância, não é coisa de somenos importância! Afinal de contas, é da União Europeia que recebemos milhões de euros para novas infra-estruturas e programas de intervenção territorial, além de ser de lá que saem as principais normas e medidas que vão ditar a nossa actuação no dia-a-dia.
Por tudo isto, esperava-se que esta fosse uma campanha esclarecedora, com partidos e candidatos apostados em mostrar aos eleitores as ideias e propostas que levam para Bruxelas. Uma campanha onde se debatessem os principais problemas e desafios da União, do “brexit” à crise dos refugiados, não esquecendo a política monetária comum ou a federalização da Europa. Infelizmente, esta campanha tem sido precisamente o oposto. Quase ninguém fala da Europa e dos desafios que esta tem pela frente, optando por centrar os seus discursos e soundbytes excessiva (e quase unicamente) em matérias de politiquice nacional. Ou seja, esquece-se o essencial em detrimento do acessório. Sobretudo por parte dos partidos mais à direita, PSD e CDS, apostados em fazer desta eleição um referendo ao Governo (o que só deveria suceder em Setembro ou Outubro, com as legislativas).
A campanha vai a meio e os candidatos ainda vão a tempo de inflectir o seu percurso e os seus discursos. Que se fale de Europa nos próximos dias, para que estas eleições não sejam um fiasco em termos de participação. E, acima de tudo, para que 26 de Maio seja um dia em que Portugal dá um verdadeiro sinal do que pretende da União Europeia.
Autarcas de Castro Verde e Almodôvar sem receios sobre venda de Neves-Corvo
Os autarcas de Castro Verde e de Almodôvar encaram com normalidade e sem receios a venda da Somincor à sueca Boliden por parte da Lundin