Enquanto vamos passando os dias ao sabor de pequenas polémicas e outras questiúnculas, seja à espera que a comissão de inquérito da TAP chegue ao fim, de qual o sabor de gelado escolhido pelo Presidente ou que se saiba quem é o campeão nacional de futebol, há um país que vai dando sinais de recuperação e vitalidade.
Talvez por isso, e sem que muitos tenham dado por tal, ficámos a saber, no final de abril, que o Produto Interno Bruto (PIB) português avançou 2,5% em termos homólogos nos primeiros três meses deste ano, sendo o terceiro melhor registo entre os países da União Europeia (UE). Melhor: o crescimento em cadeia, ou seja, em comparação com os três meses anteriores, foi de 1,6%, o mais alto da UE. E já esta semana, o famigerado Fundo Monetário Internacional (FMI) veio a público rever a sua projeção para o crescimento da economia portuguesa em 2023, passando de 1% para 2,6%, um valor muito acima dos 1,8% projetados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.
Quer tudo isto dizer que, afinal de contas, há um país que está a conseguir superar as dificuldades dos últimos meses, desde a retoma pós-pandemia aos efeitos nefastos da invasão russa à Ucrânia. É certo que as dificuldades das famílias ainda são muitas, mas todos estes dados são um sinal de que há condições para dar a volta, que é o que realmente interessa aos portugueses. Muito mais que saber quem chamou o SIS ou se a festa do título será no Marquês ou nos Aliados.
2. A ministra da Agricultura decretou, por fim, o estado de seca severa e extrema em grande parte dos territórios a sul do país, distrito de Beja incluído. Diz o ditado que “mais vale tarde que nunca”, mas esperemos que neste caso – e sabendo nós do quão exigente e burocrático é operacionalizar medidas desta natureza – não se tenha perdido tempo a mais…