Terminada mais uma Ovibeja, recupero uma ideia que defendi em 2005 e que gostaria, desta vez, que fosse mais debatida e acolhida. Faço-o com o desprendimento de quem não está ligado à organização e de quem tem do exercício das funções políticas a clara noção do interesse público.
Por se tratar de uma matéria que extravasa o âmbito político-partidário e económico-social, descansem os incomodados do costume, pois não reivindicarei a paternidade da mesma.
A Ovibeja é, seguramente, um dos maiores eventos do género que se realizam em Portugal e do qual podemos extrair um sentimento de orgulho e de esperança. Várias vezes ao longo da sua história este certame agro-pecuário, que mobiliza os alentejanos, parecia esgotado e sem margem de crescimento. Mas as profecias da desgraça sempre foram contrariadas pelo empenho de um punhado de homens que, sob a liderança do eng. Castro e Brito, souberam com arte e engenho contornar as dificuldades e afirmar a Ovibeja como a maior montra cultural (sob todos os pontos de vista) da nossa região.
Terminada que está mais uma edição, o momento é de balanço e de reflexão.
Ao fim de 25 anos, a Ovibeja já passou por vários ciclos ou fases desde que foi criada em 1984. Começou com o ciclo da resistência, evoluiu para o do crescimento e este deu lugar ao da modernização e consolidação da feira como um dos certames de maior prestígio no país.
A organização depara-se, agora, com o próximo desafio, o da <b>internacionalização</b>, tendo como pano de fundo a grande oportunidade que é a globalização. A nossa posição geográfica levou-nos, desde sempre, ao encontro de outros povos e de outras culturas. Nunca esperámos que viessem ter connosco.
Com a Ovibeja, também é importante que aconteça o mesmo. A experiência já adquirida, pelo contacto estabelecido com regiões espanholas, deve ser estendida aos países do espaço europeu e lusófono, bem como a outras organizações, possibilitando assim o reforço de laços de amizade e de cooperação institucional que motivem estratégias empresariais bilaterais e de divulgação e comercialização dos nossos produtos de qualidade noutros mercados.
Assim, torna-se também desejável a criação de uma estrutura/empresa que tenha como objectivo representar e potenciar a marca “Ovibeja” noutros certames internacionais, levando consigo o que de melhor aqui se faz e produz.
Esta ideia-chave – a internacionalização da Ovibeja – deve merecer o apoio descomplexado de outras instituições, como são o caso das regiões de turismo, das autarquias e também do Governo. A sustentabilidade desta ideia necessita de desenvolver modelos de diálogo que terão, forçosamente, de passar pela via e canais diplomáticos.
O desafio que temos pela frente, num mundo cada vez mais economicamente interdependente e numa Europa mais competitiva é o de sabermos usar a nossa especificidade cultural, económica e social para nos afirmarmos e assim conseguir maior projecção e novos mercados.
Banco assaltado em Castro Verde
A agência do Santander Totta em Castro Verde foi assaltada ao final da manhã desta quarta-feira, 18, por dois homens armados, que se encontram em