A Câmara de Odemira manifestou esta segunda-feira, 30, o seu desagrado pela postura do deputado do PSD eleito por Beja, Mário Simões, que na última semana visitou as instalações da extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes sem o comunicar à autarquia.
“Lamenta-se que o deputado Mário Simões tenha escolhido o caminho do ‘desprezo’ pelo poder local, nem ao menos comunicando à Câmara Municipal a sua visita ao concelho”, tal como “já o havia feito na visita à Escola Secundária de Odemira”, frisa a autarquia em comunicado.
“A boa educação e respeito institucional é um velho princípio cultivado na Câmara Municipal de Odemira, que tem passado de gerações e que se continuará a praticar”, acrescenta.
As críticas da autarquia ao parlamentar laranja estendem-se também às declarações de Mário Simões, que após a visita a Vila Nova de Milfontes afirmou ser viável a construção de uma nova unidade de saúde na localidade através do Programa Modelar 2, baseando a solução “numa construção pré-fabricada” mas sem concretizar o seu local de implantação.
“Será em terreno da Câmara Municipal? Soubemos depois que não existindo outra solução terá de ser aí mesmo… em terreno municipal”, sublinha com ironia o comunicado da autarquia odemirense, que acrescenta: “Não admitimos que [Mário Simões] vá anunciando decisões sem nos consultar, tanto mais que o terreno ‘escolhido’ para a colocação da sua solução de pré-fabricado é municipal”.
Nesse sentido, a Câmara de Odemira frisa que a responsabilidade da construção de uma nova extensão de saúde em Vila Nova de Milfontes “é do Governo Central” e recorda que a autarquia “já dispõe de projecto e terreno para a construção” do equipamento em causa, “à semelhança do que aconteceu em São Teotónio”.
Por tudo isto, “perante a vontade e disponibilidade do deputado Mário Simões e dos responsáveis regionais da saúde, dispondo a Câmara Municipal de projecto e terreno, não temos dúvidas que há condições para o problema se resolver já este ano, caso seja essa a vontade governamental, até porque o QREN financia 85% da obra e o Estado apenas 15%, não sendo necessário dessa forma o pré-fabricado, que é sempre uma solução tipo ‘provisório/definitivo’”, conclui o comunicado da Câmara de Odemira.
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