O presidente a Câmara de Mértola reconhece que as incertezas do QREN e o quadro económico adverso complicam a vida da autarquia, mas em entrevista ao "CA" garante que o investimento na área social vai ser reforçado no próximo ano.
<b>A Câmara de Mértola tem registado muitos pedidos de ajuda neste tempo de crise?</b>
Sim, isso tem acontecido, tanto na área habitacional como para apoios alimentares, de vestuário ou calçado. Registamos que tem aumentado um bocadinho nos últimos meses, porque a situação económica de muitas famílias se deteriorou. Temos identificadas as famílias em situação de fragilidade ou em risco e, nesse plano, há sintomas de agravamento. Nesta área, devo destacar o papel preponderante que é desempenhado pelo Núcleo de Voluntariado e pela Santa Casa da Misericórdia de Mértola, que estão a fazer um bom trabalho.
<b>Um dos grupos sociais com maior risco é a Terceira Idade. Num concelho envelhecido como Mértola, as respostas estão à altura das necessidades?</b>
Estamos algo deficitários nas respostas para a Terceira Idade. Faltam espaços onde as pessoas possam ter respostas no plano alimentar, tratamento de vestuário, áreas de convívio e, se precisarem, alojamento para pernoitarem. Estou a falar de lares ou centros de dia que, no nosso concelho, são muito necessários. Tivemos a possibilidade de construir um lar em São Miguel de Pinheiro, para servir cinco freguesias da parte Sul do concelho, mas por dificuldades de financiamento não avançou ainda. Na parte Norte, em Algodor, está a decorrer a obra da Fundação de Santo António, ligada ao padre Moreira. E, na Mina de São Domingos, há também um projecto, mas está parado porque não foi possível ter um investidor privado para o concretizar. Aquilo que sabemos é que a Misericórdia de Mértola tem muita gente em lista de espera e, como é evidente, se tivéssemos mais um ou dois lares, teriam utentes sem dificuldades.
<b>LEIA A ENTREVISTA DE JORGE ROSA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO DE 9 DE DEZEMBRO DO "CA", JÁ NAS BANCAS</b>