A Câmara de Odemira adoptou novas medidas de prevenção e combate ao surto do coronavírus Covid-19 que se verifica em Portugal, tendo igualmente decidido garantir a remuneração total de todos os seus trabalhadores.
Em comunicado, a autarquia revela ter avançado, na segunda-feira, 16, com novas “medidas de organização interna e medidas complementares de prevenção”, que passam “pelo recurso ao tele-trabalho e definição de serviços mínimos, sendo garantida a totalidade da remuneração a todos os trabalhadores”.
A par disto, foram suspensas “todas as iniciativas desportivas, culturais, recreativas até ao final de Junho”, entre as quais as comemorações do 25 de Abril, as Festas de Maio em Amoreiras-Gare, a Feira do Turismo Activo (FEITUR) em Vila Nova de Milfontes ou o Festival de Marchas de Odemira.
O executivo liderado por José Alberto Guerreiro decidiu ainda, para “salvaguardar a saúde dos trabalhadores e de todos os que com estes contactam”, encerrar os serviços municipais, “com excepção dos considerados indispensáveis para assegurar a prossecução inadiável das atribuições e competências municipais essenciais”, e recorrer ao tele-trabalho sempre que possível, “mantendo-se os trabalhadores disponíveis durante o habitual período normal de trabalho”.
Já as actividades consideradas “essenciais” e em que não seja possível o recurso ao tele-trabalho serão “garantidas através da implementação de medidas de rotatividade e/ou desfasamento de horários, salvaguardando todas as medidas profiláticas aplicáveis por orientação da Direcção Geral de Saúde”.
Entretanto, e em declarações ao jornal “Público”, o autarca José Alberto Guerreiro anunciou ainda que a Câmara de Odemira tem preparado um plano de prevenção para situações de quarentena, onde se inclui a disponibilidade de vários espaços no concelho para albergar até 500 pessoas, nomeadamente os imigrantes que trabalham na agricultura.
“A autarquia tem disponíveis equipamentos públicos com dimensão e condições para alojamento e banhos, como pavilhões desportivos e multiusos”, referiu o autarca, indicando que esses equipamentos ficam em Vila Nova de Milfontes, Odemira, São Teotónio e Boavista dos Pinheiros.
Ainda ao “Público” José Alberto Guerreiro mostrou-se preocupado com os grupos de migrantes que continuam a juntar-se nas ruas da vila de Odemira e de outros pontos do concelho, muitos deles sem saber uma palavra de português ou inglês.
“Não temos a garantia de que conheçam a necessidade de se recolher”, por isso “já comunicámos a todas as entidades de segurança e temos feito campanhas de informação através da Comissão Municipal de Integração de Migrantes”, observou.
