A região necessita de melhores acessibilidades rodoviárias e ferroviária, a par da potenciação do aeroporto de Beja: são estas as reivindicações presentes na tomada de posição pública aprovada nesta segunda-feira, 16, pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).
A tomada de posição foi aprovada por unanimidade pelo conselho intermunicipal da CIMBAL, que desta forma manifesta “publicamente o seu descontentamento sobre a forma como este território [do Baixo Alentejo] tem sido tratado pelos sucessivos governos”.
Para a CIMBAL, “o dinamismo regional obriga a que as acessibilidades possam dar resposta às necessidades de deslocação de pessoas, bens e serviços”, sendo que, no caso das acessibilidades rodoviárias, os municípios lembram que “há investimentos iniciados e não concluídos” e “promessas antigas, renovadas por cada governo, mas lamentavelmente incumpridas”.
“A actividade económica, substancialmente intensificada mercê do regadio de Alqueva, exige uma rede viária com condições de circulação e não a de que dispomos actualmente, colocando em causa a segurança dos seus utilizadores”, acrescenta a CIMBAL.
Na tomada de posição pública, os municípios afirmam ainda ser “ultrajante e até ofensivo o serviço disponível no troço [ferroviário] Beja-Casa Branca”, considerando que a electrificação desta linha “é a única alternativa possível” para o distrito “dispor de um erviço ferroviário que ligue a região ao resto do país.”
A CIMBAL lamenta ainda que o aeroporto de Beja continue “sem utilização condizente com a capacidade instalada”, defendendo que esta infra-estrutura “seja integrada numa estratégia nacional, potenciando a sua utilização com carácter regular”. “É imperativo construir uma estratégia concertada com o Governo, a região, a empresa concessionária e outras entidades responsáveis”, acrescenta.
Tudo isto leva os municípios a concluir que “é necessário que a administração central possa ser um parceiro activo, assumindo as suas responsabilidades e competências”. “O Governo pode contar connosco como parceiros privilegiados no desenvolvimento da nossa região, de forma a podermos contribuir para o todo nacional. Mas pode também contar connosco a reivindicar e a lutar por aquilo que qualquer cidadão deste país deve ter direito”, remata a CIMBAL.
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