Centro D’Artes de Aljustrel produz equipamentos de protecção

Centro D'Artes de Aljustrel

A Câmara de Aljustrel está a produzir no seu Centro D’Artes, que celebrou recentemente quatro anos de existência, equipamentos de protecção individual para ajudar no combate à pandemia de Covid-19.
De acordo com a autarquia, “numa primeira fase começou a produzir-se viseiras de rosto, mas apenas em 3D, com base na cedência de um modelo sueco que foi adaptado pela associação local Buinho, e através de um acordo de parceria, que permitiu a transferência de know-how, mas, posteriormente, também em policarbonato, de modo a acelerar a produção, mas ainda a qualidade e quantidade, recorrendo-se ao modelo desenvolvido por uma empresa do concelho, a Rectângulo Vermelho, e que foi adaptado por técnicos do Município”.
“Equipamento, este, que se destina à doação, por parte da Câmara Municipal de Aljustrel, a instituições de solidariedade social, unidades hospitalares, associações de bombeiros, GNR, entre outras entidades públicas, do concelho e da região. De ressalvar que a autarquia já entregou mais de 800 viseiras de rosto”, acrescenta a mesma fonte.
Desde há um mês, continua a Câmara de Aljustrel, “que este equipamento é produzido, recorrendo-se a impressoras 3D com filamento PLA e PETG, que permitem executar os suportes onde encaixam as folhas de acetato, mas também em policarbonato, utilizando a máquina de corte laser”.
A par disto, saem diariamente do Centro d’Artes de Aljustrel “máscaras sociais de protecção, utilizando tecidos como TNT (tecido não-tecido),algodão e elásticos”. “E a Câmara de Aljustrel, que contou também com a doação de uma empresa local, a Boutique da Moda, de material específico para esta produção, tem estado também empenhada na produção deste equipamento individual de protecção, e conta ainda com o apoio precioso e solidário de um grupo de voluntários locais e elementos da Universidade Sénior de Aljustrel”, revela a autarquia.
“O Centro [d’Artes], que foi criado para dar um impulso às artes, por estes dias, está, assim, convertido num centro para produção de equipamento de protecção individual, graças ao facto de, anteriormente, ter sido instalado neste local um espaço de fabricação digital (Maker Space), que está equipado com impressoras 3D e com uma máquina de corte laser, ferramentas que se revelaram agora necessárias e essenciais para tornar possível esta produção municipal”, sublinha a Câmara de Aljustrel.
Para a autarquia, já antes da pandemia este equipamento “conferia ao espaço valências e capacitação em diversas áreas tecnológicas e que estão a dispor de quem procura este Centro d’Artes e do próprio Município, nomeadamente para o desenvolvimento de projectos inovadores, uma vez que, para além das impressoras 3D e da máquina de corte laser, está também dotado com uma máquina de gravura e com uma plotter de corte”.
Recorde-se que o espaço do Centro d’Artes de Aljustrel, instalado no Jardim 25 de Abril no edifício que outrora albergou administradores da mina e foi, depois, um lar de terceira idade, foi requalificado pela Câmara de Aljustrel e abriu portas em 2016. Tem três pisos, cada qual com as suas valências específicas, acolhendo também o Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel (NAVA) e dispondo ainda de espaço para exposições temporárias, zonas de ateliers e espaços para prototipagem rápida. A Residência de Artistas tem capacidade para alojar 32 pessoas e existe também uma sala de convívio e uma divisão com uma cozinha para apoio.

Partilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
Correio Alentejo

Artigos Relacionados

Role para cima