Castro Verde quer colocar 25 de Abril no “quotidiano” dos castrenses

A nova comissão municipal criada pela Câmara de Castro Verde para as celebrações do 50° aniversário da “Revolução dos Cravos”, que se assinalam em 2024, pretende “fazer uma luta contra a memória” e “colocar o 25 de Abril no quotidiano dos habitantes do concelho e das pessoas que o visitam”.

Nesse sentido, diz ao “CA” o historiador Constantino Piçarra, um dos coordenadores da comissão, será seguido um “conjunto de linhas orientadoras”, a começar pela concretização de um conjunto de atividades “em que os menos novos e os mais novos do concelho possam ser sujeitos ativos na construção de um produto coletivo”, que materialize “o espírito de Abril na construção de processos culturais a partir da entreajuda e da troca de impressões em coletivo”.

Mostrar “de forma visual, gráfica e sonora”, as “alterações políticas e na vida do concelho de Castro Verde que o 25 de Abril possibilitou” é outra das metas a que a comissão se propõe, assim como concretizar um conjunto de atividades que “reavivem a memória e que mostrem o 25 de Abril e a dinâmica que se seguiu através do ‘filtro’ do cinema, do teatro, do multimédia, das exposições, da literatura ou da música”.

Nos planos da comissão está igualmente discutir Abril “50 anos depois” e debater aquilo que “foi, é e poderá ser” o Poder Local, além de organizar momentos que permitam reviver os dias que se seguiram à revolução, de “festa de um povo em Liberdade”.

“Se conseguirmos fazer isto, fazemos jus àquilo que o 25 de Abril representou para aqueles que o viveram, para aqueles que têm memória dele e que se servem deles para apontar os horizontes do futuro”, conclui Constantino Piçarra.

A nova comissão municipal foi apresentada publicamente a 22 de abril e irá, ao longo dos próximos dois anos, “trabalhar e acompanhar” o programa comemorativo da efeméride.

Coordenada pelo autarca castrense António José Brito e pelo historiador Constantino Piçarra, a comissão é ainda composta por Andreia Alves Silva (estudante universitária), António dos Anjos (dirigente associativo), Carlos Vitoriano (dirigente do setor social), Gonçalo Mamede (dirigente estudantil universitário), João Luís Figueira (engenheiro agrónomo), Lucinda Simões (professora), Madalena Coelho (professora), Manuel Marques (autarca aposentado), Manuela Florêncio (professora e autarca) e Sara Saturnino (gestora e autarca).

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Correio Alentejo

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