O ministro da Economia e do Mar considera que Castro Verde “é a capital mineira do país”, defendendo ainda que esta indústria “não é parte do passado”, mas sim “parte do futuro”.
António Costa e Silva esteve na passada sexta-feira, 2, em Castro Verde, na sessão oficial de abertura da primeira edição do festival “Castro Mineiro”, onde lembrou que o cobre “é o terceiro metal mais utilizado em todo o planeta” e que “não vai haver transição energética ou eletrificação da economia mundial sem cobre”.
“É um metal estratégico para futuro”, reforçou o ministro, tecendo igualmente rasgados elogios ao setor mineiro e à “forma admirável” como a Somincor opera em Neves-Corvo.
Para o governante, a “atividade mineira contribui para a criação de riqueza, para a criação de emprego, para a prosperidade, para o bem-estar e para a criação de rendimento”. “E isso é absolutamente fulcral nos dias que estamos a atravessar”, frisou.
Além do mais, continuou, “hoje como amanhã, todas as empresas e todas as indústrias vão ter uma espécie de ‘licença social’ para operar”, nomeadamente em matéria de sustentabilidade ambiental e de ligação às comunidades.
“É por isso que acho admirável o exemplo da comunidade de Castro Verde, a colaboração entre a Câmara Municipal e a Somincor e todas as perspetivas que lhe estão associadas”, observou.
António Costa e Silva disse ainda que o “Interior é uma peça absolutamente essencial no destino do país para o futuro”, sendo necessário criar nestas regiões “dínamos de desenvolvimento económico”.
“Felizmente em Castro Verde já temos um excelente dínamo, que é a atividade mineira. E o projeto de diversificação [da economia] que a Câmara Municipal tem em curso, a criação da zona de acolhimento empresarial e a aposta na qualificação e na educação podem ser absolutamente decisivas para o futuro”, conclui.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Castro Verde aproveitou a sessão de abertura do I Festival “Castro Mineiro” para vincar, “se pruridos de natureza alguma”, que a atividade mineira “tem sido e vai continuar a ser muito importante” para o território.
“A mina de Neves-Corvo é a ‘menina dos nossos olhos’ e, sem deixar de ser exigentes e atentos, estamos sempre prontos para dialogar, colaborar e acentuar parcerias com a Somincor”, afirmou António José Brito no seu discurso.
O autarca do PS destacou ainda o investimento municipal em curso de quase dois milhões de euros na zona empresarial, que irá “atrair empresas e investimento, criar emprego e diversificar a economia”.
“Queremos contrariar a natural e tendencial monocultura do minério, criando boas oportunidades” e, com a criação da zona empresarial, “Castro Verde vai consolidar o seu estatuto de concelho fundamental e decisivo em todo o território do Baixo Alentejo e do sul”, acrescentou.