Castrense aposta no “futebol virtual”

Castrense aposta

O FC Castrense acaba de aderir ao mundo do “futebol virtual” e do famoso jogo electrónico “FIFA”, com a criação da equipa Castrense eSports.
O projecto começou a germinar no passado mês de Abril, durante a realização do “Game Day” em Castro Verde, e acabou por ser formalizado em Junho. “Estas ligas de jogos electrónicos (eSports) são uma coisa ainda embrionária, mas que está a ter muito sucesso”, explica ao “CA” Afonso Góis, 23 anos, team manager (treinador) da equipa virtual do Castrense.
“Há muitas pessoas são fãs de vídeo-jogos, seja em que plataforma for. E nós achámos que esta era uma oportunidade muito boa de ir mais além”, acrescenta o “adjunto” André Caçoila, 24 anos.
Desde então o projecto não tem parado de crescer e já conta com 16 elementos, que formam o plantel do Castrense eSports. “Esperávamos ter um bocadinho de mais dificuldade” em arranjar jogadores, admite André Caçoila. “Como só queríamos jogadores da região pensámos que não era fácil, mas até ver estamos a conseguir”, continua Afonso Góis, revelando que a equipa é composta maioritariamente por “atletas” de Castro Verde, a que se juntam também jogadores de Almodôvar e de Beja.
A equipa ainda está em construção, mas já prepara a sua participação nas provas organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito do projecto “FPF eSports”. “Estamos em captações para a partir daí começarmos a treinar, de forma a que em fins de Setembro, quando começam as competições, estarmos preparados”, revela Afonso Góis. “Temos feito alguns jogos amigáveis e tem sido mais ou menos. Já conseguimos ganhar, mas também já perdemos”, acrescenta André Caçoila.
Na equipa do Castrense eSports todos jogam com o seu próprio nome, em função da “personagem” que cada um criou. “Mais rápido, mais técnico, mais defensivo, mais ofensivo… Depois cabe-nos a nós fazer a magia”, diz a sorrir André Caçoila.
Ora a “magia” não acontece sem trabalho. E para tal é preciso treinar. Treinos, revela o team manager, que são realizados à distância: cada um em sua casa, ligados online e comunicando por microfone. “Normalmente marcamos o treino para um dia a uma determinada hora”, explica Afonso Góis. “Sendo um grupo de 16 pessoas, é muito difícil todos poderem [treinar] à mesma hora no mesmo dia. Mas até agora temos tido boas indicações”, afiança André Caçoila.
Mas desenganem-se aqueles que pensam que isto dos “treinos” é coisa de recreio. É que estas equipas são compostas por 11 elementos (como uma equipa de futebol) e todos têm a sua tarefa dentro de “campo”. “Isto é complicado, muito diferente e exige alguma prática. Temos de ter mesmo noções gerais de futebol a nível técnico e táctico. Quem é formado em futebol acaba por ter alguma vantagem”, observa André Caçoila.
Mais que vitórias, a equipa do Castrense eSports quer usufruir de bons momentos de diversão tendo o futebol virtual como pano de fundo. E, conclui Afonso Góis, “levar mais longe o nome do clube e também da região Alentejo”.

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Correio Alentejo

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