Câmara de Mértola garante que abate de árvores foi legal

Câmara de Mértola garante

A Câmara de Mértola garante que o abate de árvores na zona da albufeira da Tapada Grande, na Mina de São Domingos, não foi ilegal, como acusa uma associação local.
Segundo disse o autarca Jorge Rosa à Agência Lusa, a autarquia, que "tem autoridade para abater árvores na zona, desde que seja necessário", abateu "quatro eucaliptos pequenos, porque estavam doentes".
Jorge Rosa lembrou que o Plano de Ordenamento da Albufeira da Tapada Grande permite o arranque de árvores na zona por razões fito-sanitárias e, por isso, o abate dos eucaliptos "não foi ilegal", já que decorreu "por razões puramente fito-sanitárias" e "dentro da lei".
Segundo o Plano de Ordenamento da Albufeira da Tapada Grande, consultado pela Lusa, "só é permitido o corte ou arranque de espécies arbóreas integrantes da associação climáxica da região, nomeadamente sobreiros e azinheiras, por razões fito-sanitárias".
"As árvores, que não tinham valor histórico, nem ambiental, foram cortadas porque estavam doentes e inclinadas sobre o plano de água da albufeira, o que indiciava a sua queda, colocando em risco os frequentadores da praia", explicou Jorge Rosa.
Por outro lado, frisou, havia pessoas que já não frequentavam a praia na zona onde estavam os eucaliptos doentes, porque, a "constante" queda de folhas e ramos para a água, onde acabavam por apodrecer, "causava mau cheiro".
Segundo o autarca, a Câmara de Mértola vai plantar outras árvores para substituir os eucaliptos cortados na zona da praia fluvial da Tapada Grande.
Entretanto, em comunicado enviado à Lusa, Helmfried Horster, administrador delegado da La Sabina, que explorou a mina de São Domingos e é dona do terreno onde estavam os eucaliptos, informa que só quinta-feira, 10, foi alertado para o abate e já pediu informações à Câmara de Mértola para saber quem o autorizou e sem prévio conhecimento da empresa.
Jorge Rosa disse que a Câmara de Mértola é a concessionária e responsável pela gestão, exploração, manutenção e conservação da área da praia fluvial e, por isso, o abate dos eucaliptos integra-se no contrato de concessão e a autarquia "não tinha que dar prévio conhecimento" à La Sabina.
Contactado pela Lusa, o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, tenente-coronel José Rosa, disse que a guarda, na sequência de denúncias, está a averiguar as circunstâncias em que ocorreu o abate dos eucaliptos.

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Correio Alentejo

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