Câmara de Castro Verde ainda tem de devolver Derrama

Depois de já ter devolvido mais de 2,6 milhões de euros à Autoridade Tributária (AT) referente à Derrama no mandato de 2017-2021, a Câmara de Castro Verde ainda terá de devolver uma verba a rondar os 326 mil euros relativa a este imposto nos próximos tempos.

Os números são avançados ao “CA” pelo presidente da autarquia, que não esconde que este é “um problema central e muito complicado para a ação” do executivo socialista, pois “limita e cria muitas dificuldades”.

“Esta situação faz toda a diferença, porque penaliza muito as finanças da Câmara Municipal, complica a nossa ação e obriga-nos a procurar soluções alternativas”, afiança António José Brito, para logo assumir, em tom de desabafo: “É complicado!”

Segundo o autarca, entre 2013 e 2017 (último mandato da CDU na Câmara de Castro Verde) a edilidade recebeu um total de 3.743.872,04 euros de Derrama.

Contudo, “no último mandato, de 2017 a 2021, já com o executivo do PS, a AT obrigou a Câmara a devolver 2.660.795,12 euros”, revela António José Brito. A este valor vão juntar-se os 325.906,37 euros que a autarquia tem ainda de devolver.

“São situações muito diferentes e é preciso que todos tenhamos consciência desta enorme dificuldade”, reforça o edil.

António José Brito frisa que, “infelizmente para Castro Verde, os tempos de receber valores chorudas de Derrama acabaram em 2017”, o que leva a autarquia a ter de “recorrer a fundos comunitários e a empréstimos bancários para fazer obras e dar respostas às pessoas”.

“Creio que o caminho tem sido exigente, mas temos cumprindo em função de uma gestão bem planeada e ambiciosa”, afirma o edil, sublinhando o facto de, neste momento, a Câmara de Castro Verde ter “em curso” obras “que representam mais de 6,6 milhões de euros de investimento”.

Entre estas, António José Brito destaca a requalificação da Escola Secundária, a criação da Zona Empresarial de Castro Verde, a construção da nova Casa Mortuária de Entradas ou a ampliação do Cemitério de Castro Verde.

“Este enorme esforço, que é muito necessário para dar respostas à população, obriga-nos a ser mais exigentes e ter muito critério na gestão diária da Câmara Municipal”, conclui.

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Correio Alentejo

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