O ano de 2023 foi o “melhor de sempre” para a Caixa Agrícola de Aljustrel e Almodôvar (CAAA), com operação nestes dois concelhos e em Castro Verde, que registou um volume de negócios de 287 milhões de euros e um resultado líquido acima dos 2,5 milhões de euros, valores que superam os registos de 2022.
“Crescemos, aumentámos o volume de negócios em cerca de 3,3% e tivemos um crescimento muito significativo em termos de crédito, acima dos 7%, face ao ano anterior. Podemos dizer que o ano de 2023 foi o melhor ano da CAAA até hoje”, afiança ao “CA” o presidente do conselho de administração da instituição, Orlando Felicíssimo.
De acordo com o gestor, “os resultados líquidos também foram bastante satisfatórios e significativamente superiores aos do ano anterior, no valor de 2.543.160 euros, muito por influência do que aconteceu com a evolução das taxas de juro”, nomeadamente a Euribor, a taxa de referência para os juros aplicados a empréstimos pelos bancos da zona euro.
“Estes resultados são impactados pela margem financeira, porque a Euribor mais elevada fez com aumentasse a remuneração das operações ativas”, frisou.
O aumento das taxas de juro levou também a um aumento dos pedidos de renegociação de créditos à habitação, mas Orlando Felicíssimo garante que a CAAA nunca deixou nenhum cliente “sem resposta e, sempre que foi possível – e na maioria das vezes foi possível – fez a revisão das condições dos créditos”.
Além do mais, acrescenta, “posso dizer que a CAAA não teve um aumento dos problemas com o incumprimento significativo e o rácio de crédito vencido teve uma evolução bastante modesta, de centésimas, face ao ano anterior”.
Em 2023 a Caixa Agrícola de Aljustrel e Almodôvar conseguiu igualmente reforçar a sua quota de mercado, para um total de 42% nos três concelhos. “Quer isto dizer que 42% do negócio bancário feito na nossa área de ação foi feito na CAAA”, destaca o gestor.
Por concelhos, a instituição tem uma quota de mercado de 53,2% em Aljustrel, de 50,2% em Almodôvar e de 22,5% em Castro Verde.