O ano de 2016 terminou com um balanço bastante positivo para a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CA) de Aljustrel e Almodôvar. Com actividade nos concelhos de Aljustrel, Almodôvar e Castro Verde, a instituição bancária chegou ao final do último ano registando um aumento do resultado líquido, do volume de negócios, dos recursos, do crédito concedido e da comercialização de produtos não-financeiros face a 2015.
“De uma forma geral o ano correu bem. Em todos as rúbricas a Caixa [de Aljustrel e Almodôvar] evoluiu”, observa com satisfação o administrador Orlando Felicíssimo.
De acordo com este responsável, a instituição terminou 2016 com 704 mil euros de resultados líquidos (mais que os cerca de 560 mil euros registados no final de 2015) e um volume de negócios de quase 190 milhões de euros. Houve ainda um aumento de 5,7% no crédito concedido e um crescimento “de quase 11%” nos recursos.
“São taxas de crescimento bastante positivas e que traduzem o resultado do que tem acontecido na Caixa nos últimos anos e que continua a acontecer. Ano após ano a Caixa tem vindo sempre a melhorar e a aumentar o seu negócio”, reforça o administrador em declarações ao “CA”.
Na vida como nos negócios nada acontece por acaso e, na opinião de Orlando Felicíssimo, o crescimento da CA de Aljustrel e Almodôvar deve-se a uma “receita” simples. “Trabalho e um bocadinho de sorte. Mas costuma dizer-se que para ter sorte também é preciso muito trabalho”, afirma o administrador, lembrando que o facto de instituição ter “bastante liquidez” financeira também permitiu à Caixa acompanhar as necessidades da economia local.
“Nunca restringimos a concessão de crédito por dificuldades de liquidez”, afiança. “E estes números atestam a solidez financeira da Caixa e a consolidação das suas contas”, reforça.
Quota de mercado a crescer
Com praticamente 11.700 clientes espalhados pelos três concelhos onde opera, através dos seus seis balcões, a CA de Aljustrel e Almodôvar possui actualmente uma quota de mercado total de 32,3%. Em Aljustrel esse valor aumenta para 52%, enquanto em Almodôvar e em Castro Verde anda na casa dos 27% e dos 18%, respectivamente. Números que Orlando Felicíssimo justifica com a confiança que a marca Crédito Agrícola transmite num tempo em que a banca está altamente descredibilizada junto da opinião pública.
“O Crédito Agrícola tem-se mostrado muito resiliente perante esta crise económico-financeira que temos vindo a atravessar. E os clientes têm percebido isso”, sublinha o administrador, apontando mais dois factores que têm ajudado ao crescimento da Caixa: “A disponibilidade para com a região e a rapidez na resposta”. “A par disso, continuamos com a mesma política de apoiar diversas causas e contribuir dentro das nossas possibilidades para várias instituições”, acrescenta.
O que também não muda na Caixa é o peso do sector agrícola na sua actividade. “A agricultura continua a ser – e será sempre – o principal sector de actividade na área da Caixa. Neste momento, o peso da agricultura será de um terço no crédito”, adianta Orlando Felicíssimo, garantindo que os últimos meses têm sido de investimento nesta área.
“Sendo que o concelho de Aljustrel é beneficiado pelo regadio de Alqueva, notou-se alguma mexida em 2016. E a expectativa é que esses investimentos possam vir a aumentar nos próximos anos”, conclui.