Apesar de reconhecer que a Câmara Municipal de Beja continua a pagar apoios às despesas correntes aos Bombeiros de Beja (98 mil euros este ano!), o presidente da Associação não esconde criticas muito duras à autarquia, chegando ao ponto de afirmar que os bombeiros “não podem contar com a Câmara”.
Numa entrevista publicada na revista “30 DIAS”, que já está nas bancas, Rodeia Machado afasta um cenário de crise na corporação, mas revela que, deste modo, não será possível aumentar salários e a construção de um novo quartel está completamente afastada.
“Tínhamo-nos comprometido com o pessoal a aplicar o acordo colectivo de trabalho este ano, mas não é possível fazer isso. Aquilo que lhes dissemos é que queremos ver se nos aguentamos sem despedir ninguém”, revela.
Rodeia Machado revela que já colocou o assunto à Assembleia Municipal e avisa que “qualquer dia a situação torna-se complicada, porque os bombeiros dizem que não estão dispostos a tolerar uma situação injustificada desta natureza”.
Confrontado com o quadro financeiro herdado pelo actual executivo das gestões comunistas na autarquia, Rodeia Machado não admite que essa argumentação da Câmara de Beja seja real e verdadeira. “O presidente [da Câmara] não consegue perceber qual é a nossa actividade e isto já é um bocado de pirraça em relação aos bombeiros”, acusa Rodeia Machado.
A entrevista, que analisa a actividade e os projectos dos Bombeiros de Beja, mas também o quadro económico em que actualmente vivem, está publicada na íntegra na edição de Outubro da revista “30 DIAS”.
Refira-se, ainda, que na mesma entrevista Rodeia Machado também fala de alguns temas políticos e, por exemplo, não fecha a porta a uma eventual candidatura à Câmara de Beja pelo PCP.
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