A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aljustrel (AHBVA) nasceu em 1949 e assinala, neste sábado, 3, o seu 75º aniversário, num momento que o seu presidente, Rui Nunes, diz ser de “reconhecimento a tantos homens e mulheres que defenderam esta tão importante causa coletiva”.
“É a homenagem mais do que merecida a todos – bombeiros, órgãos sociais, colaboradores, patrocinadores, sócios e aos demais – que fazem e, principalmente, fizeram com que esta fundamental instituição seja um ícone na nossa sociedade”, revela o dirigente.
Em altura de festa, o presidente da AHBVA assume que “as dificuldades são imensas” e que, por isso mesmo, “o equilíbrio e estabilidade financeira” da instituição são o grande objetivo da direção.
“Os nossos operacionais e a nossa operacionalidade dependem, em grande parte, do rigor que aplicamos na gestão da nossa associação”, afirma Rui Nunes, reconhecendo que “as despesas têm aumentado significativamente nos últimos anos e o mesmo não tem sido acompanhado pelo que se cobra pelos serviços prestados”.
Ainda assim, o presidente da AHBVA afiança que a sua equipa diretiva tem, “com muita dificuldade, conseguido equilibrar” as contas, apesar de ter encontrado a instituição “com um enorme déficit financeiro”.
“Tudo isto só foi possível com muito esforço de todos, dos nossos bombeiros, mas também de todos os que, durante o ano, nos oferecem os seus donativos e apoios, instituições, empresas e particulares, de forma a conseguirmos honrar os nossos compromissos”, destaca.
Sobre o efetivo da corporação, Rui Nunes assume que, neste momento, este está “minimamente estabilizado”, acrescentando que no último ano tem sido efetuado “um grande investimento no recrutamento de pessoal, tanto na área da emergência como no transporte de doentes não urgentes, pois o voluntariado está cada vez mais escasso”.
É nessa lógica que o presidente da AHBVA defende “um estatuto diferente” para os bombeiros, “mais condizente com aquilo que é o seu trabalho a sua dedicação e competência”.
“É cada vez mais difícil conseguir recrutar bombeiros com formação para o desempenho das suas funções, ainda mais porque levam anos a se formar e não são muitas vezes remunerados e reconhecidos como mereciam”, justifica.
Relativamente ao futuro, Rui Nunes diz que a associação gostaria de “fazer muito mais e melhor”, mas reconhece que a sociedade “está em permanente mudança, as pessoas estão cada vez mais fechadas em si próprias e, da parte social, apenas exigem”.
“Ainda assim, temos tido, neste último ano, surpresas extremamente benéficas para a nossa associação, que nos têm trazido ânimo para continuar o nosso caminho em criar mais e melhores condições aos nossos operacionais e utentes”, conclui o presidente da AHBVA.