Beja recebe Festival Internacional de Banda Desenhada

BD

Quase 70 autores de oito países, como o francês Tardi e o espanhol Miguelanxo Prado, marcam presença no 19º Festival Internacional de Banda Desenhada (BD) de Beja, que começa nesta sexta-feira, 7, para mostrar os universos “distintos” da 9ª arte.

O evento, organizado pela Câmara de Beja, vai decorrer até 23 de junho na Casa da Cultura da cidade alentejana, onde estarão patentes 16 exposições de autores de Portugal, mas também de Angola, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Inglaterra e Itália.

“Temos muita expectativa em relação a esta edição do festival, em que, tal como sucede todos os anos, tentamos fazer uma programação muito eclética e virada para todos os públicos, inclusivamente ao nível das exposições”, revela ao “CA” o diretor do evento, Paulo Monteiro.

Segundo este responsável, o Festival Internacional de BD de Beja tenta todos os anos “mostrar um bocadinho de cada coisa” dentro do universo da BD, “que é muito distinto entre si”.

“A nossa ideia é mostrar até que ponto o mundo da BD é diversificado e até que ponto existem propostas para todo o tipo de pessoas e de sensibilidades”, frisa.

Entre os autores com exposições no festival, Paulo Monteiro destaca o francês Tardi, responsável de ‘Foi assim a guerra das trincheiras’ e da série ‘Adèle Blanc-sec’, e o espanhol Miguelanxo Prado. “Talvez sejam os nomes mais conhecidos dos leitores do BD no mundo inteiro presentes em Beja”, diz.

Além destes dois autores, o Festival Internacional de BD de Beja apresenta exposições dos portugueses Daniel Silvestre, Daniela Viçoso, Kachisou, Miguel Rocha e Xavier Almeida, assim como da dupla luso-brasileira Mário Freitas & Lucas Pereira.

Do estrangeiro chegam mostras de trabalhos de Alix Garin (Bélgica), André Diniz (Brasil), Antoine Cossé (França), Gloria Ciaponni & Luca Conca (Itália) e Javier Rodriguez (Espanha).

“A nossa ideia é mostrar até que ponto o mundo da BD é diversificado e até que ponto existem propostas para todo o tipo de pessoas e de sensibilidades”, frisa Paulo Monteiro, diretor do festival

O festival apresenta ainda exposições dos coletivos “Herdeiros do Manguito”, “Portugal em Bruxelas” e “Toupeira”.

Todos os autores das exposições vão estar em Beja no primeiro fim de semana do festival, que é inaugurado nesta sexta-feira, pelas 19h00, juntamente com os convidados Dominique Grange (França), Paul Gravett (Inglaterra) e Pedro Fidalgo (Portugal).

A programação até dia 23 de junho inclui várias iniciativas, como apresentação de projetos, conversas com autores, lançamento de livros, sessões de autógrafos, “concertos desenhados”, “maratonas de desenho”, visitas guiadas, revisão de portfólios e ‘workshops’.

Durante os dias do festival estará igualmente a funcionar o Mercado do Livro, onde estarão representados cerca de 60 editores.

A programação inclui também, no sábado, 8, às 10h45, a entrega do Prémio Geraldes Lino 2024, criado pela Bedeteca de Beja, à autora portuguesa de BD Daniela Viçoso.

O diretor do certame espera que com este programa seja possível manter o número de visitantes das edições anteriores, “entre 9.000 a 10.000 pessoas”.

Paulo Monteiro diz ainda que, “nos últimos anos”, o evento tem conseguido atrair “visitantes franceses, espanhóis e italianos”.

“É uma tendência interessante que temos verificado de há meia dúzia de anos para cá, que tem a ver com a internacionalização do festival ao nível dos ‘media’”, conclui.

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