A Basílica Real de Castro Verde poderá estar em vias de finalmente ser alvo dos necessários trabalhos de requalificação, que deverão demorar cerca de dois anos.
O projecto da intervenção no edifício está concluído e os trabalhos poderão arrancar assim que haja financiamento comunitário, provavelmente pela “mão” da Associação Portas do Território.
De acordo com o director do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, o monumento “encontra-se, desde há alguns anos, numa situação difícil, que hoje pode ser classificada tecnicamente como de pré-ruína”, tendo sido necessário “realizar e fazer aprovar um projecto de intervenção devidamente qualificado”.
“Foi o que se fez nos últimos anos”, revela ao “CA” José António Falcão, explicando que o projecto, desenvolvido por uma equipa liderada pelo arquitecto Augusto Costa em colaboração da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, “está concluído e aprovado, quer pelo Estado quer pelo Município”.
Os trabalhos a realizar deverão estender-se ao longo de “22 a 24 meses”, consistindo na requalificação integral do edifício, que é “muito sensível” e “não se compadece nem com precipitações, nem com intervenções parciais”, explica José António Falcão.
“Isso poria termo ao processo de degradação em curso e garantiria as condições mais adequadas para que ele possa continuar a funcionar como igreja matriz e como ponto de visita – sem esquecer o Tesouro que funciona nas suas dependências”, acrescenta.
Quanto ao orçamento, o director do DPHA diz que este ainda não está definido, mas não esconde que o financiamento comunitário será “indispensável” para a concretização da obra.
O orçamento “já foi alvo do mapeamento respectivo, como exige a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. A candidatura será apresentada quando o respectivo concurso estiver aberto”, argumenta.
