A Associação de Beneficiários do Roxo (ABRoxo), com sede em São João de Negrilhos, no concelho de Aljustrel, tem muitos projetos de investimento no horizonte, no sentido de reabilitar o perímetro de rega e torna-lo mais sustentável e eficiente, revela o presidente da instituição.
De acordo com António Parreira, neste momento está em curso a construção da segunda fase da central fotovoltaica, investimento avaliado em 700 mil euros e que consiste na colocação de painéis solares “sobre o canal condutor geral”.
“É um projeto financiado por fundos comunitários e vai estar concretizado nos finais de julho”, adianta o dirigente, explicando que os painéis em questão “vão receber energia por reflexo na parte de baixo e pelo sol na parte de cima”.
“Ao mesmo tempo permitirão diminuir a evaporação no canal, que é aberto, além de fazer o ensombramento da água, resolvendo o grande problema que temos que são as algas”, acrescenta.
Nos planos da ABRoxo está igualmente a construção de uma central mini-hídrica à saída da albufeira, avaliada em três milhões de euros e que a associação “vai fazer sem ajudas comunitárias ou do Estado, recorrendo a fundos próprios e à banca”.
Também avaliado em três milhões de euros está o projeto de remodelação do canal condutor geral, já aprovado pela Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
“Só estamos à espera, seja via Banco Europeu de Investimento ou via fundos comunitários, de abrir uma linha de apoio para nos candidatarmos. Tudo depende do novo quadro comunitário”, anuncia António Parreira.
Outro projeto no horizonte da associação, mas bem mais avultado (na ordem dos 40 milhões de euros), é a modernização de cerca de 5.000 hectares do Perímetro de Rega do Roxo, que prevê a passagem da rega de gravítica para pressão.
“Ficaríamos com um perímetro de rega a rondar os 8.000 hectares, todos com água com pressão e com energia produzida por nós, o que anularia os custos com a energia. Seria extremamente importante e iria revolucionar tudo isto”, conclui António Parreira.
