António Bota: “FACAL precisa de abrir novos horizontes”

António Bota: “FACAL precisa

A 20ª edição da FACAL – Feiras das Artes e Cultura de Almodôvar arranca esta sexta-feira, 10 de Julho, e promete três dias de grande animação e festa no Campo das Eiras.
Em entrevista ao “CA” o presidente da Câmara Municipal local, António Bota, destaca a importância do momento e sublinha os desafios que se colocam à feira para o futuro.

A FACAL celebra 20 anos em 2015 – o que representa este momento?
Este aniversário representa o orgulho dos almodovarenses. Representa a visão dos que tiveram a ideia original e deram vida a este evento há 20 anos atrás. Estão de parabéns. Representa ainda mais uma oportunidade para manter o projecto, dando-lhe a pouco-e-pouco uma nova dimensão, preparando-o para o futuro, inovando e procurando trazer de volta ao evento um pouco das suas origens, nomeadamente a parte da apreciação e da degustação dos produtos locais, como o mel, o medronho, o queijo e os enchidos, entre outros. Estes 20 anos são uma idade adulta. São uma idade em que o certame precisa de abrir novos horizontes, mantendo a ideia original mas abrindo novas fileiras de sucesso.

Quais as expectativas para a edição deste ano? Há muitas novidades?
Queremos promover o que de melhor se faz em Almodôvar. Na FACAL damos muito valor ao que é nosso. Não é por acaso que a esmagadora maioria dos produtores e dos artesãos fazem questão de mostrar o seu trabalho a quem nos visita e de se afirmarem na FACAL. Este certame tem sido uma montra com tudo aquilo que Almodôvar é capaz de fazer de bom e com muita qualidade e a nossa expectativa é que os objectivos da FACAL sejam mantidos e superados. Temos a particularidade de estar localizados numa zona de fronteira entre a planície alentejana e a Serra do Caldeirão, o que em termos de fauna e flora nos acrescenta valor, e permite atrair nichos de turismo específico.

Qual a principal mais-valia do certame?
Temos duas razões muito fortes para apostar na FACAL. Em primeiro lugar, ao longo destes 20 anos o certame tem sido um ponto de encontro com muito relevo pois os nossos emigrantes procuram marcar as suas férias e regressar a Almodôvar nesta data, para confraternizar com amigos que não encontram ao longo do ano. Também a nossa diáspora espalhada pelo país fora encontra nesta data um bom motivo para visitar a sua terra e familiares.
Em segundo lugar, a FACAL é um excelente veículo para o turismo, é uma oportunidade para mostrar que temos muito para dar a quem nos visita. Ao atrair pessoas, turistas e oriundos da terra mas que vivem fora, estimulamos a economia local, os nossos restaurantes movimentam-se, a nossa hotelaria floresce, o nosso artesanato tem escoamento, os nossos produtos são provados e são levados para fora de portas e dados a conhecer noutras paragens. Os nossos produtores são promovidos e serão depois reconhecidos lá fora quando têm os produtos nos supermercados e nos restaurantes por esse país fora. Isso vai trazer-nos um retorno, ainda que indirecto, a médio e longo prazo, o que é extremamente benéfico para o desenvolvimento económico do concelho e, consequentemente, da região.

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Correio Alentejo

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