O Alentejo é a região que apresenta o mais elevado índice nacional de hipertensão arterial (HTA), um dos principais factores de risco das doenças cardiovasculares e que afecta cerca de metade dos alentejanos, alertou hoje um especialista.
Existe “uma prevalência alta de HTA em Portugal, cerca de 42 por cento. Mas, se atendermos aos dados do Alentejo, é a mais alta a nível nacional, 49,5 por cento”, frisou hoje à agência Lusa José Aguiar, director do serviço de Cardiologia do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
O responsável lembrou que a HTA “é um dos mais importantes factores de risco das doenças cardiovasculares” e está englobada na Síndrome Metabólica, cuja prevalência no Alentejo (30,99 por cento) supera igualmente os números do país (27,5 por cento).
“Esta inclui, não só a hipertensão, mas também a alteração nos lípidos sanguíneos, diabetes ou a obesidade abdominal”, que são “factores de risco cardiovasculares que concorrem para que haja índices elevados dessa patologia na região”, referiu.
Segundo José Aguiar, “há sempre factores genéticos e ambientais” que podem explicar estas elevadas prevalências no Alentejo, mas o que está em causa são também “os estilos de vida”.
“Há um trabalho muito importante a ser feito a nível da prevenção de factores de riscos, de ensinamento, de as pessoas perceberem que têm que alterar um pouco hábitos alimentares” e praticar “actividade física”, alertou.
Com as jornadas que arrancam sexta-feira, promovidas de três em três anos, a organização pretende actualizar e partilhar o conhecimento científico para a consolidação da resposta hospitalar na fase aguda da doença cardíaca e no âmbito da prevenção cardiovascular.
O programa inclui ainda sessões sobre temas como desporto e coração, diabetes e coração, arritmias ou insuficiência cardíaca, com oradores oriundos de vários pontos do país.
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