A Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), com sede em Castro Verde, pediu ao Governo “uma ajuda financeira, a fundo perdido com carácter urgente, para fazer face às dificuldades inesperadas” com que agricultores e produtores pecuários da região se debatem.
Em comunicado a que o “CA” teve acesso, a AACB sublinha que o sector enfrenta uma “situação de desespero nunca vivida”, necessitando de apoio “para que a atividade do Mundo Rural alentejano possa continuar a produzir”
De acordo com a AACB, em plena época de sementeiras das culturas de cereais de outono/inverno, das forragens e pastagens, os agricultores e produtores pecuários “já começaram com as suas atividades, dada a necessidade urgente de se encontrar alimentação para os animais, pois todas as reservas estão esgotadas, e os preços de aquisição quando existem, são impraticáveis”.
A par disto, continua a mesma fonte, “a pouca precipitação registada no início do outono augura a continuação da seca severa”, deixando as explorações de sequeiro e da pecuária em extensivo “numa situação de desespero o que está a motivar a venda significativa de muitos rebanhos e de animais destinados à reprodução”.
Segundo a associação, “esta é a maior crise registada no sector nos últimos 50 anos”, agravada pela guerra na Ucrânia, “que fez subir os custos dos fatores produção para preços impraticáveis e insuportáveis”.
A AACB lamenta igualmente que ainda não exista “conhecimento das regras e normas” que vão reger a nova PAC – Política Agrícola Comum, “que tem início em 2023” e que, “dado o momento que estamos a viver, já esta desatualizada e poderá não vir a servir os objetivos para que estava proposta”.