“AgdA vai investir 64 milhões no distrito até 2020”

“AgdA vai investir

O presidente do conselho de administração da Águas Públicas do Alentejo (AgdA), Joaquim Marques Ferreira, revela ao “CA” os investimentos que a empresa tem em curso no Baixo Alentejo, que superam os 60 milhões de euros. Marques Ferreira garante ainda que estas obras irão assegurar “o abastecimento de água em quantidade e qualidade à população” do distrito de Beja.

Entre obras a decorrer e em concurso, qual o montante de investimento previsto pela Águas Públicas do Alentejo (AgdA) para o distrito de Beja?
Entre 2017 e 2020 a AgdA vai investir 64 milhões de euros em abastecimento e saneamento, nos 13 municípios do distrito de Beja que integram a parceria.

Qual a importância de todos estes investimentos?
O investimento em abastecimento de água em curso no distrito de Beja ascende a 49 milhões de euros e permitirá assegurar o fornecimento de água às populações em quantidade e qualidade. Este investimento prevê a interligação de sistemas de abastecimento de água e a captação de água em origens mais fiáveis e mais resilientes em situações de escassez e de seca. Estes 13 municípios terão como principal origem de água, albufeiras que ou já estão ligadas ao Alqueva ou serão ligadas nos próximos anos, na sequência dos acordos celebradas recentemente entre a AgdA e a EDIA. O investimento em saneamento de águas residuais, no montante de 15 milhões de euros, inclui a remodelação e construção de várias estações de tratamento de águas residuais (ETAR) que assegurarão o cumprimento das condições de descarga que são impostas na legislação em vigor.

Concretizados estes investimentos, pode afirmar que o Baixo Alentejo fica dotado de todos os meios em matéria de abastecimento de água?
Com a concretização destes investimentos, a AgdA assegurará, sem dúvida, o abastecimento de água em quantidade e qualidade à população. A interligação dos sistemas de abastecimento permitirá abastecer toda a população a partir das principais albufeiras (Roxo, Enxoé, Alvito, Monte da Rocha, Almograve e Santa Clara), que agora vêm os seus níveis assegurados pelas novas ligações e reforços de ligações existentes entre condutas do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) e infra-estruturas da AgdA, facto que nos dá maior segurança em situações de escassez e de seca. Paralelamente, os investimentos realizados nas estações de tratamento de água (ETA), nomeadamente na do Roxo e do Enxoé, com tratamentos mais robustos, permitirão garantir o tratamento adequado da água captada mesmo em condições mais adversas e de eventual degradação da qualidade da água na albufeira.

Dado o período de seca que a região enfrente, está a AgdA em condições de garantir que não vai faltar água nas torneiras dos baixo-alentejanos?
A AgdA tem garantido, mesmo em situações de escassez de água, o abastecimento a toda a população. As captações subterrâneas da margem direita do concelho de Mértola e de algumas povoações do concelho de Odemira, como Luzianes-Gare e Relíquias, não têm reserva e dependem muito da precipitação anual, logo basta não chover um Inverno e estamos em situação de escassez hídrica. Nestes casos, o abastecimento tem sido assegurado através de auto-tanques. A médio prazo a situação será solucionada com o abastecimento a partir de Monte da Rocha e de Santa Clara. Nos restantes municípios não se prevê que possa haver falta de água. Contudo é muito importante que se faça um uso consciencioso da água porque estamos mesmo a viver um período de seca. Para que a água não falte é necessário que todos asseguremos uma utilização racional da água, sem desperdícios.

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Correio Alentejo

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